Restos de animais e pinturas rupestres em Umm Jirsan, Arábia Saudita, revelam costumes pré-históricos da região: cavernas lava, restos fauna, plantas ao longo das rotas pastoris.
Recentemente, foram encontradas evidências fascinantes das civilizações do Neolítico em várias partes do mundo, incluindo a Arábia Saudita. Essas descobertas arqueológicas proporcionam insights valiosos sobre a vida e as práticas desses povos antigos.
As pinturas rupestres e os restos de animais descobertos em cavernas formadas por lava durante erupções vulcânicas na Arábia Saudita são um testemunho impressionante da rica história das civilizações do Neolítico. Essas descobertas arqueológicas oferecem uma perspectiva única sobre o modo de vida, a arte e as crenças desses povos antigos. A preservação desses vestígios do neolítico é fundamental para o estudo e a compreensão da história da humanidade.
Descobertas Arqueológicas Revelam Segredos das Civilizações do Neolítico
Foi determinado que os registros datam no período Neolítico, entre 3,5 e 10 mil anos atrás. As revelações foram registradas em um estudo publicado no dia 18 de abril pelos pesquisadores da Australian Research Centre for Human Evolution (Arche), da Griffith University’s, na Austrália. Com as informações, é possível descobrir mais sobre os costumes dos humanos desta época e explorar o grande potencial arqueológico existente na região.
Encontraram-se pinturas rupestres que retratam bois, ovelhas, cabras e cães, fornecendo informações sobre as práticas pré-históricas de criação de gado e a composição dos rebanhos da região. Os vestígios arqueológicos revelam pistas fascinantes sobre como as civilizações do Neolítico interagiam com a fauna local e desenvolviam estratégias de sobrevivência.
Além disso, restos de fauna encontrados indicaram que os animais da região pastavam em arbustos e gramíneas, contribuindo para a compreensão da ecologia da área durante esse período crucial da história. Plantas desempenhavam um papel essencial na dieta dos povos antigos, conforme evidenciado pelo aumento do consumo de vegetais ao longo do tempo, revelando mudanças significativas nos hábitos alimentares ao longo das gerações.
Para descobrir mais sobre os registros encontrados, foi utilizada a técnica de isótopos, abordagem que analisa os átomos estáveis e radioativos em materiais arqueológicos. Essa metodologia permitiu aos pesquisadores obter informações detalhadas sobre a dieta, mobilidade, migração e interações entre diferentes grupos humanos e com o meio ambiente, proporcionando insights valiosos sobre a vida cotidiana nas civilizações do Neolítico.
Também foi possível inferir que o local provavelmente teve participação nas rotas pastoris, sendo usado para intercâmbio cultural e comercial dos povos que viviam ali. As evidências sugerem que havia uma rede complexa de rotas de intercâmbio entre as comunidades, com trocas de mercadorias e ideias que enriqueciam a vida social e econômica das civilizações do Neolítico.
‘Nossas descobertas em Umm Jirsan oferecem uma visão rara das vidas dos povos antigos na Arábia, revelando fases repetidas de ocupação humana e lançando luz sobre as atividades pastoris que prosperaram neste cenário’, disse Dr. Mathew Stewart, pesquisador líder do estudo. As investigações arqueológicas continuam a desvendar os mistérios das civilizações do Neolítico, proporcionando insights preciosos sobre o passado humano e seu impacto no mundo moderno.
Fonte: © CNN Brasil
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