Vendas lentas diminuíram preços de frete na rota Sorriso-Rondonópolis, devido à baixa demanda por caminhões e ritmo de escoamento abaixo do normal.
O setor de logística está enfrentando desafios com o ritmo de escoamento da safra de grãos neste ano. A desaceleração nas vendas devido à queda dos preços da soja tem impactado diretamente a logística de transporte e distribuição, levando os produtores a optarem pela estocagem do produto em vez de enviá-lo aos portos. Essa mudança de estratégia está afetando os custos operacionais e logísticos das empresas envolvidas.
É fundamental analisar a situação da cadeia de suprimentos e ajustar as estratégias de logística para lidar com os desafios atuais. A eficiência na distribuição dos grãos se torna ainda mais crucial em momentos de instabilidade no mercado. A integração de tecnologias e a otimização dos processos logísticos podem ser essenciais para garantir a fluidez da logística em todo o processo de transporte e distribuição dos produtos agrícolas.
Logística eficiente impulsiona mercado de transporte e distribuição
Um levantamento recente da Argus revelou que os custos de transporte de uma tonelada de soja ao longo da tradicional rota Sorriso-Rondonópolis, em Mato Grosso, diminuíram em março, atingindo o valor de R$ 150. Essa redução de 9% em relação ao mesmo período do ano passado reflete uma movimentação significativa nos preços dos fretes, impactando toda a cadeia de suprimentos.
A realidade também se reflete na rota pelo Norte do país, onde o envio de soja de Sorriso para o porto de transbordo em Miritituba (PA) pela BR-163 ficou 12% mais acessível, com o custo de R$ 250 por tonelada, frente aos R$ 285 registrados em março de 2023. Essa variação nos preços evidencia a dinâmica do mercado de transporte e distribuição, influenciando o ritmo de escoamento dos produtos.
Com a diminuição no envio de soja para os portos, houve uma queda na demanda por caminhões, especialmente para o transporte de adubos do litoral para o interior. Os preços do frete de fertilizante de Paranaguá (PR) para Rondonópolis apresentaram uma redução de quase 15%, chegando a R$ 213 por tonelada. Essas oscilações refletem as nuances do setor logístico e seu impacto direto nas operações de transporte e distribuição.
Diante da perspectiva de um cenário econômico mais favorável em 2024, com projeções de aumento na demanda por adubos e uma potencial melhora na relação de troca entre grãos e fertilizantes, é possível que o Brasil se depare novamente com desafios logísticos. A necessidade de escoamento da soja e do envio de insumos para o campo demandará uma eficiente gestão logística para otimizar os processos e reduzir os custos operacionais.
A competição por caminhões tenderá a se intensificar, levando a possíveis aumentos nos valores dos fretes nos próximos meses. Esse cenário aponta para a importância de estratégias logísticas sólidas e flexíveis, capazes de se adaptar às demandas do mercado e garantir a eficiência na movimentação de mercadorias em toda a cadeia de suprimentos. A logística se consolida, assim, como um pilar fundamental para o sucesso das operações comerciais no setor de transporte e distribuição.
Fonte: @ Info Money
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