Possível história do satélite investigada com modelos computacionais, dados da Missão Apollo e rochas coletadas pelos astronautas.
Em uma pesquisa recente, cientistas da Universidade de Cambridge revelaram que, ao longo de milênios, a Lua pode ter passado por transformações extremas. Utilizando avançadas ferramentas computacionais, novas informações foram reunidas sobre esse intrigante processo e sua influência em nosso sistema solar. Durante sua evolução, a Lua foi objeto de intensos estudos para desvendar seus mistérios.
Nesse contexto, o estudo aprofundado sobre os movimentos da Lua revelou detalhes fascinantes sobre a trajetória do satélite natural em nossa órbita terrestre. A interação complexa entre a Lua e a Terra é fundamental para a compreensão dos fenômenos espaciais que observamos regularmente. Essas descobertas ampliam nossa percepção sobre a importância da Lua como nosso fiel satélite natural.
Uma possível história da Lua revelada por estudo recente
Os cientistas acreditam que a Lua foi formada há aproximadamente 4,5 bilhões de anos, quando um pequeno planeta colidiu com a Terra, lançando destroços de rocha derretida para o espaço. Esses destroços se solidificaram ao longo do tempo, formando nosso satélite natural, a Lua. A análise das rochas coletadas pelos astronautas da missão Apollo, realizada há mais de meio século, tem sido fundamental para o entendimento da origem da Lua. Essas rochas revelaram uma alta concentração de Titânio, o que gerou debates sobre a formação do satélite natural.
Com a recente investigação da composição dessas rochas, os pesquisadores puderam criar novas hipóteses sobre a possível história da Lua. Acredita-se que a Lua se formou rapidamente em altas temperaturas, resultando em um satélite coberto por um oceano de magma. Apenas a crosta da Lua se solidificou, formando a superfície brilhante que vemos hoje, enquanto seu interior permanecia em desequilíbrio.
A teoria de que a Lua foi ‘virada do avesso’ sugere que, em um determinado momento, o material do interior se solidificou, desceu para o magma, derreteu novamente e retornou à superfície, explicando a presença de Titânio nas rochas lunares. O estudo realizado por pesquisadores, incluindo Jeff Andrews-Hanna, do Laboratório Lunar e Planetário da Universidade do Arizona, busca esclarecer os eventos críticos na evolução da Lua.
Modelo computacional revela mais detalhes sobre a história lunar
Com base nesses dados e conhecimentos anteriores, os cientistas desenvolveram um modelo computacional para explorar a história da Lua com mais profundidade. Questões sobre a velocidade dos eventos, a ordem de formação das estruturas lunares e outras possibilidades têm sido investigadas por especialistas.
O estudo revelou que a Lua possui uma forma ‘torta’, o que levou a hipóteses sobre as anomalias gravitacionais enfrentadas durante sua solidificação. Através da combinação de modelos e dados, os pesquisadores conseguiram discernir aspectos importantes da evolução lunar que estavam anteriormente ocultos.
Segundo Andrews-Hanna, ‘pela primeira vez, dispomos de evidências físicas que revelam o que ocorreu no interior da Lua durante estágios cruciais de sua formação, o que é extremamente estimulante’. Os novos insights obtidos podem ser valiosos para a Missão Artemis, prevista para pousar na Lua em setembro de 2025.
Esta pesquisa foi publicada na revista Nature Geoscience no dia 8 de abril e pode ser consultada para mais detalhes. A constante investigação e descoberta sobre a Lua nos proporcionam uma compreensão cada vez mais profunda de nosso satélite natural e seu papel no Sistema Solar.
Fonte: © CNN Brasil
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