Fortes chuvas mataram 85, feriram 339 e deixaram 134 desaparecidos em partes do estado. Nível de inundação é acima do normal, governo declara emergência pública. Moradias, mercados, lojas e farmácias afetados. Não todas as zonas estão inundadas. Recorrentes enchentes causaram descargas elétricas e contato com painéis elétricos. Voos e jet skis cancelados. Salgado Filho: 85 mortos, 339 feridos, 134 desaparecidos.
(FOLHAPRESS) – Após uma semana de intensas chuvas que resultaram em inundações em parte do Rio Grande do Sul, o número de desabrigados no estado dobraram nesta segunda-feira (6). De acordo com o último relatório da Defesa Civil, divulgado no início da noite, 47.676 pessoas se encontravam nessa condição, em comparação com cerca de 20 mil no levantamento anterior, ao meio-dia.
O impacto das enchentes não apenas se reflete no aumento do número de desabrigados, mas também na significativa destruição causada pelas cheias. As comunidades locais estão mobilizando esforços para lidar com os enchassamentos e prestar auxílio às famílias afetadas, demonstrando solidariedade em meio à adversidade.
Enchentes e a Resiliência de Porto Alegre
Recentemente, a região central de Porto Alegre foi palco de uma situação alarmante envolvendo inundações. Moradores de dois bairros tiveram que deixar suas casas devido ao risco iminente de novas cheias após o sistema de bombeamento de água ser desligado. As chuvas intensas têm castigado a região, deixando um rastro de destruição. O impacto dessas enchentes é evidente, com 85 mortes e 339 feridos registrados até agora, juntamente com 134 desaparecidos.
A situação do lago Guaíba, com mais de 5 metros acima do nível normal, projeta um cenário prolongado de calamidade. Estima-se que levará mais de 10 dias para o nível das águas baixar abaixo da cota de inundação de 3 metros, de acordo com informações do governo estadual. O prolongamento da emergência afeta não apenas a capital gaúcha, mas também os demais municípios atingidos.
O governador Eduardo Leite decretou calamidade pública em 336 das 497 cidades do estado, reconhecendo a gravidade da situação. O aeroporto internacional Salgado Filho, fechado devido às enchentes, aguarda a normalização das condições para retomar os voos. Companhias aéreas suspenderam as operações no local até o final do mês, gerando impactos significativos.
Além dos desafios logísticos, a população enfrenta questões de segurança, com relatos de saques em mercados, lojas e farmácias. A moradora Emely Jensen, do centro histórico, compartilha sua experiência ao deixar o bairro após incidentes de violência, evidenciando a complexidade da situação mesmo em áreas não alagadas.
Porto Alegre possui um sistema de escoamento de água que inclui diques e comportas para lidar com os efeitos das enchentes. A cidade conta com casas de bomba estrategicamente distribuídas, mas apenas algumas estão operacionais no momento. O desligamento de uma delas, devido a descargas elétricas, resultou no aumento do nível da água em bairros como Cidade Baixa e Menino Deus, causando transtornos para os moradores locais.
Os relatos de vizinhos utilizando jet ski para se locomover pelas áreas alagadas ilustram a gravidade da situação. O desligamento das bombas gerou críticas à gestão local, com questionamentos sobre a tomada de decisão em meio à crise. O prefeito Sebastião Melo enfrentou pressão nas redes sociais, mas enfatizou a importância da união e solidariedade em momentos de adversidade.
Diante dos desafios enfrentados, a resiliência e a capacidade de resposta da comunidade e das autoridades são fundamentais para superar as dificuldades causadas pelas inundações. O apoio mútuo e a cooperação entre diferentes esferas de governo e a população serão essenciais para a reconstrução e a recuperação das áreas afetadas.
Fonte: © Notícias ao Minuto
Comentários sobre este artigo