País criou 175mil novas vagas em abril, abaixo de março (315mil). Analistas esperavam 250mil e revidaram números para 3,7-3,9%. Análises implicam baixa variação emprego e espaço para cortes juros, inflação.
Os Estados Unidos divulgaram que em abril foram criados 175 mil empregos no mercado de trabalho, um número significativamente inferior ao total revisado de 315 mil empregos criados em março e também aquém das expectativas do payroll. Os analistas projetavam a abertura de 250 mil vagas de trabalho no último mês, de acordo com o levantamento do Bureau of Labor Statistics.
Essa redução no número de vagas de empregos criados em abril acende um sinal de alerta quanto à disponibilidade de trabalho no mercado, mesmo com a economia em recuperação. Ainda assim, é fundamental acompanhar de perto a evolução do payroll e as novas vagas de empregos disponíveis nos próximos meses para entender melhor o cenário econômico atual.
O mercado de trabalho americano e o atual panorama econômico
A taxa de desemprego nos Estados Unidos apresentou uma elevação de 3,8% em março para 3,9% em abril, números revisados que surpreenderam ao mostrar estabilidade em 3,8%. Essa oscilação tem se mantido numa faixa de 3,7% a 3,9% desde agosto de 2023. É interessante notar que esses números refletem diretamente no cenário de payroll empregos disponíveis, indicando uma movimentação no mercado de trabalho.
Além disso, o salário médio por hora registrou um aumento de 0,2% em abril, número inferior aos 0,3% vistos no mês anterior. As expectativas dos analistas apontavam para um crescimento de 0,3%, o que não se concretizou. No acumulado dos últimos 12 meses, houve um incremento de 3,9% no rendimento médio por hora, abaixo das expectativas e do valor anteriormente reportado, que era de 4,1%.
As variações no emprego também têm sido alvo de revisões. Em fevereiro, o total de vagas empregos criados foi revisado para baixo em 34 mil, passando de 270 mil para 236 mil, enquanto em março houve uma revisão para cima de 12 mil empregos, de 303 mil para 315 mil. Com esses ajustes, a variação combinada de fevereiro e março resulta 22 mil abaixo do que inicialmente divulgado, mostrando nuances no mercado de trabalho que requerem análises mais detalhadas.
Os sinais de enfraquecimento ou força do mercado de trabalho são cruciais para determinar a necessidade de intervenção do Federal Reserve (Fed), o banco central americano. A discussão gira em torno do espaço para cortes de juros e suas implicações na inflação, mostrando que uma atitude equivocada pode resultar em pressões inflacionárias. Menos juros podem impulsionar o consumo e, consequentemente, afetar o custo de vida dos cidadãos.
Atualmente, o Federal Reserve enfrenta desafios para atingir a meta inflacionária de 2% ao ano, o que demonstra a complexidade do cenário econômico em meio às oscilações nos números de payroll empregos e outras variáveis relevantes. São aspectos como esses que evidenciam a importância de uma análise criteriosa e cautelosa para orientar as políticas econômicas e monetárias no país.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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