Apenas cinco novas ações envolvendo violência contra mulher, obtidas em levantamento da CNN, são processos investigados por crimes de violência doméstica, estupro e feminicídio.
Mais de 380 mil casos de violência contra mulher foram registrados na Justiça brasileira em apenas cinco meses de 2024, conforme dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Um levantamento divulgado pela imprensa revela que houve 380.735 ações judiciais entre janeiro e maio deste ano no Brasil, evidenciando a gravidade da situação de violência contra mulher no país.
É fundamental combater a violência de gênero em todas as suas formas, seja ela agressão, violência feminina ou violência doméstica. A sociedade precisa se unir para garantir a proteção e os direitos das mulheres, combatendo ativamente qualquer tipo de violência que as atinja. Juntos, podemos construir um futuro mais seguro e igualitário para todas as mulheres.
Novos processos investigados de violência contra mulher aumentam em 20%
Os dados levantados indicam uma média superior a 3 mil novas ações judiciais diárias em todo o país. Os processos recentes, relacionados a crimes de violência de gênero, agressão e violência feminina, totalizaram 382.217 de violência doméstica, 64.487 de estupro e 6.315 de feminicídio em apenas cinco meses. Até abril, as ações referentes a violência doméstica atingiram 213.970, representando um aumento de 78,5% em comparação com o mês anterior. A tendência de alta, obtida pelo CNJ, mostra que em 2023 houve um aumento de 13,1% no total de novas ações envolvendo violência contra mulher em relação ao ano anterior. No ano passado, foram registrados 975.653 processos sobre esses crimes no DataJud. Mulheres representaram 11% das vítimas de latrocínios, lesões seguidas de morte e homicídios dolosos em 2023, conforme o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. O relatório revela que 286.835 mulheres foram vítimas de lesão corporal dolosa no mesmo ano. Além disso, 12.100 mulheres foram alvo de tentativas de homicídio e feminicídio. A advogada Rafaela Carvalho destaca a ineficiência policial na conversão de ocorrências em ações judiciais, apontando problemas na localização das partes e na coleta de evidências. Ela ressalta que muitas vítimas não denunciam os crimes devido ao desconhecimento do agressor, constrangimento ou normalização da violência familiar. A especialista alerta para a subnotificação de casos de abuso sexual e violência doméstica, enfatizando a importância da Lei Maria da Penha, que completa 18 anos como instrumento de combate à violência contra mulher.
Fonte: @ CNN Brasil
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