Seca no sul da África é a pior em décadas. Namíbia declara estado de emergência e destina carne de vida selvagem a pessoas famintas, com apoio do Fundo Mundial para recursos hídricos e Autoridade de Parques.
O Zimbábue está enfrentando uma das piores secas em décadas no sul da África, o que levou as autoridades a tomar uma medida drástica: sacrificar 200 elefantes para aliviar a escassez de alimentos. A decisão foi anunciada na última sexta-feira (13) e visa reduzir a pressão sobre os recursos naturais do país.
A seca, que também é conhecida como estiagem, tem causado uma falta de chuvas significativa, resultando em uma escassez de água que afeta não apenas a população humana, mas também a vida selvagem. A situação é crítica e exige medidas urgentes. Segundo o ministro do Meio Ambiente, o Zimbábue tem mais elefantes do que precisa, o que justifica a decisão de sacrificar alguns deles para garantir a sobrevivência daqueles que restam. A prioridade é preservar a biodiversidade e garantir a sustentabilidade do ecossistema.
Severa seca no Zimbábue
O governo do Zimbábue decidiu tomar uma medida drástica para lidar com a escassez de água e a falta de chuvas que afetam o país. O presidente ordenou à Autoridade de Parques e Vida Selvagem do país (ZimParks) que realize uma matança seletiva de 200 elefantes na reserva natural de Hwange, a maior do país. A medida visa aliviar a pressão sobre os recursos hídricos e fornecer carne para milhares de pessoas que passam fome devido à estiagem.
A decisão foi confirmada pelo diretor-geral da ZimParks, Fulton Mangwanya, que destacou a necessidade de controlar a população de elefantes no parque. Segundo a ZimParks, existem 65 mil elefantes em Hwange, quatro vezes mais do que o parque pode abrigar. O Zimbábue abriga cerca de 100 mil elefantes, a segunda maior população do mundo, depois de Botsuana.
A medida é semelhante à anunciada pela Namíbia no fim de agosto, que prevê o sacrifício de 700 animais selvagens, incluindo 83 elefantes. O objetivo é fornecer carne para as pessoas que passam fome devido à seca e aliviar a pressão sobre os recursos hídricos. A estiagem e a falta de chuvas têm afetado severamente a região, levando a uma escassez de água e alimentos.
Consequências da seca
A seca no sul da África tem tido consequências devastadoras para a vida selvagem e as comunidades locais. O Fundo Mundial para a Natureza (WWF) estima que restem cerca de 415 mil elefantes no continente africano, contra mais de 3 milhões no começo do século XX. Os elefantes asiáticos e africanos estão ameaçados de extinção, exceto nas populações da África do Sul, Botsuana, Namíbia e do Zimbábue, que são consideradas apenas ‘vulneráveis’.
Namíbia e Zimbábue estão entre os países do sul da África que declararam estado de emergência devido à seca. A situação é crítica, e as medidas tomadas pelos governos visam mitigar os efeitos da estiagem e da falta de chuvas. A seca é um problema grave que afeta a vida selvagem, as comunidades locais e a economia da região.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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