Alta circulação de Covid-19 causa graves SAGRs em crianças menores de 2 anos e idosos, com alto índice de casos e mortalidade. Pneumonia e bronquiolite afetam pulmão, causando inflamação e queda de estabilidade no longo prazo. Mortalidades graves registradas em unidades federativas. SAGR: síndrome respiratória aguda grave. Covid-19: cir. de vírus. Incidência: alto. Mortalidade: crianças e idosos.
Na última quinta-feira, 2, o boletim Infogripe da Fiocruz mostrou um expressivo aumento no número de casos e óbitos causados pela síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em várias regiões do Brasil, enquanto a preocupação com a propagação de vírus continua alta.
É importante manter medidas de higiene rigorosas para prevenir a disseminação de vírus e outros patógenos, especialmente durante a temporada de surtos de vírus respiratório sincicial (VRS), que pode impactar de forma significativa a saúde pública. Ficar atento aos sintomas e buscar ajuda médica imediata são passos essenciais para lidar com qualquer infecção causada por vírus.
Impacto do aumento na circulação de vírus respiratório sincicial (VRS)
Segundo informações da entidade, a situação atual decorre do incremento na circulação de influenza (o vírus da gripe) e, em particular, do vírus sincicial respiratório (VRS), ambos capazes de ocasionar complicações graves nos pulmões. A circulação do VRS tem impulsionado a incidência e a mortalidade por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em crianças, especialmente menores de 2 anos.
No levantamento feito com base nos dados da semana epidemiológica 17, observa-se que o aumento significativo na incidência e na mortalidade por SRAG em crianças está sendo impulsionado pela intensificação da circulação do VRS. Esses números ultrapassam os associados à Covid-19 nessa faixa etária.
O coronavírus continua sendo uma das principais causas de infecção em crianças pequenas, juntamente com o rinovírus.
Desafios da SRAG em diferentes faixas etárias
O boletim destaca que a Covid-19 continua a ser a principal causa de mortalidade por SRAG entre idosos, que representam a maioria dos óbitos por essa síndrome respiratória grave. Caracterizada por inflamação e acúmulo de líquido nos pulmões, a Covid-19, apesar de apresentar queda ou estabilidade em níveis mais baixos, ainda mantém sua relevância nessas estatísticas.
Nos últimos quatro períodos epidemiológicos, 58% dos casos de SRAG foram atribuídos ao VRS, enquanto 24,3% estavam ligados ao influenza A, 7,9% à Covid-19 e 0,4% ao influenza B. Quanto aos óbitos, 46,4% foram relacionados à Covid-19, 38% ao influenza A, 11,6% ao VRS e 1,1% ao influenza B. Isso evidencia que, apesar do papel do VRS no aumento de casos e óbitos, a Covid-19 continua sendo um dos principais vírus associados à mortalidade nesse contexto.
Variação geográfica na circulação dos vírus respiratórios
De acordo com a Fiocruz, 22 unidades federativas do país estão registrando crescimento nos casos de SRAG a longo prazo. Esses estados incluem Alagoas, Amazonas, Amapá, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.
O VRS é o principal agente causador de infecções respiratórias agudas em crianças menores de 2 anos. Ele é responsável por muitos casos de bronquiolite (75%) e quase metade das pneumonias (40%) nessa faixa etária, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria. Considerando sua alta incidência sazonal, o VRS circula principalmente no outono e inverno, com destaque para os meses de maio e além.
Fonte: @ Estadão
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