Sociedade Brasileira de Imunizações publicou conselhos de imunização para vítimas de enchentes (14/03): profissionais avisam sobre imunizantes e riscos: aglomerações, locais sem ventilação, lacerações, animais e materiais potencialmente contaminados. Históricas e linha de frente também importantes. Evitar acidentalmente se expor.
Na segunda-feira (13), o Ministério da Saúde enviou milhares de doses extras de vacinas para o Rio Grande do Sul, reforçando a importância da imunização da população.
O envio dos imunizantes é fundamental para garantir a proteção contra diversas doenças, mostrando o compromisso do governo com a saúde pública.
Vacinas: uma medida crucial em meio a enchentes históricas
O estado enfrenta enchentes históricas após temporais afetarem a maioria dos municípios gaúchos. Já nesta terça-feira (14), a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) divulgou uma nota técnica com orientações para a vacinação das vítimas das chuvas, assim como das equipes de resgate e profissionais da saúde.
Em conversa com a CNN, infectologistas apontaram quais são os imunizantes mais indicados a vítimas da tragédia climática, assim como aos profissionais e voluntários que atuam na linha de frente da catástrofe. Há, nesse período, uma maior atenção para as doenças respiratórias que podem chegar junto ao clima mais frio, assim como a atenção a crianças, gestantes e idosos.
‘As enchentes predispõem um monte de doenças como sarna, piolho, leptospirose, hepatites, tétano, doenças vindas de picadas de aranha’, explicou o médico Renato Kfouri, da Sociedade Brasileira de Imunizações.
Ministério da Saúde monta plano para atendimento de saúde mental a vítimas de enchentes no RS. Em meio a enchentes históricas, RS recebe milhares de doses extras de vacinas. Nova vacina para câncer potencializa resposta imune contra tumor cerebral. Os imunizantes recomendados para toda a população local, segundo a nota técnica divulgada, são: covid-19, influenza, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), hepatite (A e B), tétano e raiva — a última somente em casos de ‘acidentes’ com animais, como mordidas ou arranhadura.
‘É importante pensar principalmente que essas pessoas estão aglomeradas em locais sem ventilação e o risco é muito maior de ter transmissão de doenças respiratórias. Em relação ao tétano, há um grande risco de se ter algum ferimento na hora que se está tentando sobreviver e, com isso, acabar tendo contato com a bactéria causadora da doença’, contou Rosana Richtmann, infectologista e consultora em vacinas da Dasa.
‘Em relação à hepatite A, é um vírus que entra pela boca e sai pelas fezes. O momento em que você bebe água contaminada, ou está em uma lama contaminada, tem risco de engolir ou de ter contato e contrair a doença. A mesma coisa a febre tifoide, que é causada por uma bactéria chamada salmonella’, complementou a profissional.
Já vacinas recomendadas a equipes de resgate, profissionais da saúde e socorristas são: influenza, covid-19, tétano, hepatite (A e B), febre tifoide e raiva.
‘Os profissionais do resgate ou profissionais da saúde também na linha de frente estão diretamente envolvidos com materiais potencialmente contaminados. Eles têm maior risco de se acidentar, de ter lacerações. No resgate de animais podem acabar sendo feridos ou agredidos, eles estão ainda mais expostos’, ressaltou Rosana. Renato Kfouri ainda apontou que as vacinas disponíveis são recomendadas a toda a população durante todo o ano. ‘Independente de estar numa situação dessa, é importante lembrar de estar com a vacinação em dia para se proteger de diversas doenças.’
Fonte: © CNN Brasil
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