Minerva e Marfrig propõem comprar fábricas no Uruguai por R$ 675 mi, abaixo do esperado, sujeito a medidas de mitigação e avaliação da autoridade antitruste.
Propaganda É fato: a entidade antitruste uruguaia Coprodec comunicou na noite de terça-feira que negou uma solicitação da Minerva (BEEF3) para a aquisição de três instalações de abate da Marfrig (MRFG3) no país, confirmando relatos da semana passada sobre o negócio.
No entanto, a Minerva não desistiu e está buscando alternativas para concretizar o acordo de compra das unidades da Marfrig, demonstrando sua determinação em realizar essa operação estratégica no mercado uruguaio. uruguaia
Minerva enfrenta obstáculos em negócio no Uruguai
No documento divulgado, a Coprodec expressou preocupação de que as medidas de mitigação propostas pela Minerva não seriam suficientes para evitar possíveis impactos anticoncorrenciais no mercado de carne bovina uruguaio. A Minerva, por sua vez, afirmou em comunicado aos investidores que está analisando atentamente os termos da decisão da Coprodec e planeja apresentar recurso nos próximos dias.
A proposta de aquisição dos ativos no Uruguai está inserida em um negócio mais amplo anunciado em agosto, no qual a Minerva pretende adquirir um total de 16 unidades de abate da Marfrig na América do Sul, totalizando um investimento de R$ 7,5 bilhões. Tanto a Minerva quanto a Marfrig divulgaram que as três fábricas no Uruguai têm um valor combinado de R$ 675 milhões, destacando que a decisão do órgão regulador uruguaio não afetará os planos de aquisição de plantas de abate em outros países da região.
A Minerva ressaltou que o fechamento das demais operações na América do Sul está condicionado a aprovações, incluindo a do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Enquanto isso, o Ministério da Economia do Uruguai, responsável pela autoridade antitruste do país, optou por não comentar a decisão da Coprodec.
A XP, em seu relatório, destacou a importância do Uruguai no contexto do negócio, indicando que o país representa cerca de 20% do contrato, equivalente a R$ 1,5 bilhão. Apesar das expectativas iniciais, as empresas divulgaram que as plantas no Uruguai têm um valor inferior ao esperado, levantando questões sobre o múltiplo implícito no acordo.
Com a necessidade de aprovação do Cade para as operações no Brasil e considerando os possíveis impactos financeiros, analistas da XP ressaltaram a complexidade do processo devido à concentração de mercado e às incertezas quanto às restrições que poderão ser impostas. A negativa recente da CPDC era prevista, dada a relevância do negócio para o setor e as discussões políticas em torno do tema.
Diante desse cenário, a Minerva enfrenta desafios significativos em sua operação no Uruguai, buscando soluções para garantir a continuidade e o sucesso do negócio.
Fonte: @ Info Money
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