Torcida da Gaviões exige explicações do presidente sobre contrato firmado no início, em audiência pública devido a recentes notícias.
A diretoria da Fúria Alvinegra, principal torcida organizada do Palmeiras, foi até o Allianz Parque, nesta quinta-feira, para cobrar explicações do presidente João Silva sobre o patrocínio da empresa VaiQueDá, que ameaça rescindir o acordo com o clube. O grupo de torcedores, incluindo Marcos Oliveira, presidente da Fúria, também quer conversar com João Silva sobre uma reunião extraordinária que visa mudanças no estatuto social do clube.
As recentes notícias envolvendo o Palmeiras e a casa de apostas trouxeram preocupação à empresa, que enviou uma notificação ao clube através de um e-mail, na última terça-feira, pedindo esclarecimentos após a divulgação do uso de um ‘laranja’ para intermediar o acordo entre as duas partes. Caso a situação não seja esclarecida, a VaiQueDá não descarta a possibilidade de rescindir o contrato firmado no início do ano e que teria duração de até 2025.
Compreenda o caso
O contrato de patrocínio entre Palmeiras e VaiQueDá foi firmado no início deste ano, por R$ 400 milhões e validade de cinco anos.
Requerimento de Conselheiros para Reunião Extraordinária com o Presidente João Silva
O presidente do clube, João Silva, está no centro de uma controvérsia envolvendo um contrato firmado no início deste ano. O vínculo estabelece o pagamento de uma multa de 10% do valor total restante em caso de rescisão sem justa causa. No entanto, as dúvidas em torno do acordo com a casa de apostas têm gerado desconforto entre os membros do Conselho Deliberativo do time.
Recentemente, um grupo de 84 conselheiros da Gaviões, torcida organizada do clube, protocolou um requerimento a Romeu Tuma Júnior, dirigente máximo do órgão, solicitando uma reunião extraordinária. O objetivo é que Augusto Melo, presidente da Gaviões, e seus colegas apresentem documentos e esclareçam questões sobre este e outros contratos assinados pelo clube em 2024.
No requerimento, obtido com exclusividade pela imprensa, os conselheiros alegam que João Silva havia negado a existência de uma empresa intermediadora durante uma reunião no CORI, na presença de diversos dirigentes. Essa negação entra em contradição com a informação divulgada pela imprensa de que o clube se comprometeu a pagar R$ 25,2 milhões a um intermediário.
A empresa beneficiada pela comissão tem como sócio-administrador Alex Cassundé, que foi apoiado por Sérgio Moura, superintendente de marketing do clube, durante a campanha eleitoral de João Silva. Os conselheiros levantam questionamentos sobre a falta de análise do contrato pelo sistema de compliance do clube e sobre a regularidade da empresa intermediadora, que não estava autorizada a prestar tais serviços.
Além disso, surgiram informações de que a empresa intermediadora repassou parte do valor recebido a uma empresa ‘laranja’, sem o conhecimento da pessoa cujo nome constava na documentação. O clube, em resposta, afirmou que todas as negociações foram conduzidas de forma legal e que não se responsabiliza por repasses indevidos a terceiros.
Diante das recentes notícias envolvendo o contrato firmado no início do ano, a audiência pública aguarda esclarecimentos por parte do presidente João Silva e de sua equipe. A transparência e a prestação de contas são fundamentais para manter a confiança da torcida e dos órgãos do clube.
Fonte: @ ESPN
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