Roberto Campos Neto oferece-se para assumir a presidência interina durante o recesso do Congresso, garantindo uma transição suave até a posse do novo presidente.
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, destacou a importância de definir o sucessor para o cargo de dirigente do BC antes do encerramento do ano legislativo. Em suas declarações, ele enfatizou a necessidade de garantir a continuidade e estabilidade da liderança da instituição financeira, visando manter a eficiência e segurança no mercado.
Campos Neto ressaltou a importância de uma transição harmoniosa para o próximo presidente da instituição, visando assegurar a manutenção das políticas e diretrizes do Banco Central. A busca por um sucessor para o cargo de líder do Banco Central permanece como uma prioridade de destaque dentro da instituição, refletindo o compromisso com a solidez e continuidade das ações no cenário econômico nacional.
Nome para assumir a presidência do Banco Central
Em entrevista à Globonews, o presidente da instituição bancária enfatizou a importância de ter um sucessor nomeado até o final de seu mandato. Ele expressou preocupação com a possibilidade de, ao chegar no dia 31 de dezembro sem um indicado para o cargo, a dinâmica interna ficar comprometida. Nesse cenário, o dirigente do BC ressaltou que não é viável designar um diretor como presidente interino, dada a necessidade da sabatina pelo Congresso, que estaria em recesso.
Durante a conversa, o líder do Banco Central compartilhou sua experiência ao lado do antecessor, destacando a importância de uma transição suave. Ele mencionou que um período de aproximadamente um mês ao lado do novo presidente seria ideal para facilitar a continuidade das atividades. No entanto, ressaltou que é fundamental ter um nome definido para sua sucessão entre agosto e outubro, deixando essa responsabilidade a cargo do governo.
Proximidade e diálogo com autoridades
Quanto à sua relação com o ex-presidente Lula, o dirigente do BC esclareceu que costuma intermediar suas interações por meio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele demonstrou disponibilidade em dialogar com Lula em diferentes contextos informais, enfatizando a importância de manter uma comunicação constante. Sobre a autonomia do BC, o presidente ressaltou seu empenho em modernizar a instituição e se colocou à disposição para colaborar com qualquer interesse do ex-presidente no projeto.
Durante a entrevista, o presidente da instituição voltou a defender a PEC de autonomia do Banco Central como um avanço para a modernização da estrutura. Ele destacou a participação dos diretores no desenvolvimento do projeto e enfatizou que a modernidade é o principal objetivo da proposta. Além disso, revelou estar em sintonia com o ministro Haddad, que está engajando-se no tema.
Tomada de decisões e perfil ideal
Ao abordar a importância de saber dizer ‘não’ no exercício da presidência do BC, o dirigente mencionou ter recusado solicitações de figuras proeminentes, como o ex-ministro da Economia Paulo Guedes e membros do Legislativo, com embasamento técnico. Ele explicou que o ‘não’ não é pessoal, mas sim técnico, e requer uma justificativa clara.
Questionado sobre o perfil adequado para ocupar a presidência do Banco Central, o líder da instituição mencionou diferentes abordagens, incluindo um viés mais acadêmico, representado por seu antecessor, e perfis ligados ao mercado financeiro ou ao setor bancário. Ele ressaltou a diversidade de competências necessárias para a função, destacando a importância de escolher um líder com a capacidade de guiar a instituição em meio aos desafios do cenário econômico.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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