A Eztec é a segunda ação mais shorted do mercado. XP Investimentos, SPX, Kapitalo, AZ Quest, Ibiuna e Legacy estão vendidos. Motivos: desempenho, circulação livre, percentual, casas.
Nos últimos 12 meses, a ação da Eztec acumula uma perda aproximada de 27,5% enquanto o Ibovespa sobe perto de 10%. Mas não é só esse desempenho que chama a atenção. O papel EZTC3 está entre os mais ‘shorteados’ da bolsa brasileira.
A Eztec, empresa do setor imobiliário, tem suas ações bastante movimentadas no mercado financeiro. A ação da empresa Eztec tem despertado interesse de investidores, mesmo diante da volatilidade do cenário econômico atual. Os investidores monitoram de perto as ações da Eztec, em busca de oportunidades de negociação.
Eztec: Desempenho e Ações da Empresa
Levantamento recente aponta que a EZTec é a segunda ação com o maior nível de aversão do mercado (short interest) em relação ao percentual das ações em livre circulação (free float) – atingindo 26,1% até o dia 12 de julho. Esse número representa um aumento em comparação ao início do mês, quando o percentual era de 25%. Segundo a consultoria Elos Ayta, os dados mais recentes das carteiras abertas das gestoras revelam que 16 casas tinham posição vendida em mais de R$ 1 milhão. O total desses shorts ultrapassava R$ 42 milhões de assets, incluindo XP Investimentos, SPX, Kapitalo, AZ Quest, Ibiuna, Legacy, entre outras.
Por outro lado, na ponta comprada, nenhuma gestora se aproximava de R$ 100 mil. Entre os analistas que cobrem a companhia, a avaliação não é das melhores. Dos 11 bancos destacados pela própria empresa na área de relações com investidores, seis têm recomendação neutra, dois de venda e três de compra. Desde o início do ano, as ações da EZTec acumulam uma queda de 16,3%, o que levou o valor de mercado a R$ 3,2 bilhões.
Um gestor que já esteve vendido no papel, mas não mantém mais posição em EZTC3 e preferiu não ser identificado, afirmou que a empresa vinha apresentando um desempenho operacional fraco nos últimos dois anos, com estoque elevado e relutância em oferecer descontos, resultando em vendas abaixo do esperado e prejudicando os lançamentos.
De acordo com ele, a empresa não estava remunerando adequadamente o seu valor contábil, o que também afetava os acionistas. Ele ressaltou que o cenário de juros também exercia influência nesse contexto. Na sexta-feira, 12 de julho, os resultados operacionais da Eztec no segundo trimestre pareciam indicar uma possível reviravolta. Os números foram robustos e receberam elogios dos analistas.
Destaque para as vendas, que, segundo a empresa, resultaram no segundo melhor trimestre de sua história, com aumentos de 72,6% e 14,3% em relação aos trimestres anteriores. Esses resultados impulsionaram as ações da companhia, que registraram uma das maiores altas do Ibovespa no pregão seguinte à divulgação, em 15 de julho. No entanto, apesar dos dados positivos apresentados no período de abril a junho, analistas e gestores expressaram algumas dúvidas em relação à construtora.
A percepção é de que a empresa ainda não está no mesmo patamar de seus concorrentes, com uma rentabilidade e capacidade operacional consideradas abaixo do potencial, especialmente em um momento de incertezas quanto à direção da Selic, o que torna as construtoras de médio e alto padrão menos atrativas para os investidores. Ygor Altero, analista responsável pela cobertura de real estate da XP Investimentos, que mantém uma recomendação neutra para as ações da EZTec, com preço-alvo de R$ 22, afirmou que os dados mostraram uma dinâmica melhor do que o esperado para o trimestre, mas não o suficiente para alterar a visão sobre a empresa.
Fonte: @ NEO FEED
Comentários sobre este artigo