Danilo Martins internou-se seis dias por agressão forçada, sofreu humilhação em laudo de corpo de delito. Polícia apurou, apreendeu celulares, suspendeu curso temporal. Detido em prisão temporária, aguarda apreensão e suspensão.
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Um policial militar relata ter sido torturado por outros membros da corporação no Batalhão de Choque em Brasília. Segundo a TV Globo, o Soldado Danilo Martins ficou hospitalizado por seis dias após o ocorrido. Ele afirma ter sido vítima de abuso físico por oito horas dentro do quartel da PMDF, com o objetivo de obrigá-lo a desistir de um curso de aperfeiçoamento.
A tortura é um ato repudiável que nunca pode ser tolerado, assim como qualquer forma de maltrato, abuso ou intimidação. É essencial que casos como esse sejam investigados com rigor para garantir a dignidade e segurança de todos os profissionais, bem como a integridade das instituições. A denúncia de Soldado Danilo Martins demonstra a importância de combater qualquer vestígio de abuso e violência, promovendo um ambiente de respeito e justiça dentro das forças de segurança.
Acusações de Tortura em Curso de Formação Policial
Martins, um soldado em formação, relatou ter sofrido um verdadeiro calvário de abuso e tortura durante seu treinamento. Ele descreveu ter sido submetido a agressão física brutal, incluindo a aplicação de gás nos olhos, exercícios exaustivos e espancamentos. Os relatos de intimidação e maltrato levaram a um escândalo que envolve o coordenador do curso, que foi acusado de participação nas torturas.
Inquérito e Apreensões no Caso de Tortura
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) iniciaram investigações sobre as alegações de tortura contra o soldado em formação. Foram emitidos mandados de prisão temporária e de apreensão de celulares dos militares suspeitos, além da suspensão do curso até a conclusão das apurações. A corporação também se comprometeu a fornecer acesso ao laudo de exame de corpo de delito da vítima, como parte das investigações em andamento.
Operação para Investigar Caso de Tortura
Na segunda-feira, 29 de abril, a 3ª Promotoria de Justiça Militar e a Corregedoria da Polícia Militar do Distrito Federal deram início a uma operação para esclarecer as alegações de tortura contra o soldado durante o curso de Patrulhamento Tático Móvel do Batalhão de Choque (BPChoque). A vítima afirmou que foi forçada a desistir do curso e, diante de sua recusa, sofreu humilhações e violentas agressões por horas a fio.
A pressão aumentou sobre os responsáveis, levando ao afastamento do comandante do BPChoque até o término das investigações. A gravidade das acusações de tortura desencadeou uma reação imediata das autoridades, com a suspensão do curso e o cumprimento dos mandados de prisão temporária para os supostos envolvidos. A busca por justiça e por respostas adequadas continua, enquanto o caso segue em fase de apuração minuciosa.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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