A segurança do empresário Gritzbach era prioridade, pois era delator do PCC, e a polícia deveria protegê-lo, especialmente quando o escoltavam ao aeroporto, a fim de evitar ameaças.
A Polícia Federal abrirá uma investigação para apurar as circunstâncias do assassinato do delator e a possível falha da polícia na segurança dele.
A ação criminosa aconteceu no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Antônio Vinicius Lopes Gritzbach era um dos principais delatores do PCC, o maior e mais poderoso cartel de drogas do Brasil. Ele havia pedido uma espécie de proteção e vigilância especial para garantir sua segurança enquanto era levado até a guarda de segurança do aeroporto, devido sua colaboração com a justiça. A defesa do delator alega que segurança não foi garantida, acredita-se que ele não tenha sido bem vigiado por guardas da polícia devido a problemas mecânicos do carro que o levaria até o local de protetor. O crime é investigado pela Polícia Civil de São Paulo.
Investigação policial em andamento para esclarecer fatos
A polícia está trabalhando diligentemente para desvendar os acontecimentos, notando que outros três seguranças escoltavam o veículo avariado, o que pode ter contribuído para a falta de proteção ao empresário. Diante da ameaça constante, Gritzbach, por ser um denunciante dos esquemas criminosos do PCC, merecia ser protegido com prioridade, reforça a polícia. Entre as opções disponíveis, um detetive manifestou-se à TV Globo, sugerindo que a escolta teria sido mais eficaz se todos os seguranças, incluindo a guarda pessoal, dessem prioridade à segurança de Gritzbach no aeroporto.
Na cena do crime, o celular do empresário foi apreendido, e a polícia está aguardando o resultado da perícia, pois as mensagens trocadas podem fornecer pistas valiosas para as investigações. A polícia também suspeita que Gritzbach estivesse sob monitoramento desde sua saída de Goiás, pois os assassinos sabiam exatamente quando ele chegaria. O medo é que ele tenha sido vítima de uma vingança do PCC, em retaliação à sua colaboração com o Ministério Público de São Paulo.
Gritzbach havia compartilhado com o MP detalhes de operações de lavagem de dinheiro do PCC, incluindo transações imobiliárias e a compra de postos de gasolina, totalizando mais de R$ 30 milhões originários do tráfico de drogas. Além disso, ele teria envolvimento direto em ações da facção, como participação em decisões sobre execuções internas, conhecidas como ‘tribunais do crime’. O ataque ocorreu assim que Gritzbach deixou o Terminal 2 do aeroporto, onde foi alvejado por tiros de fuzil disparados por dois homens em um carro preto. Ele chegou a ser atendido, mas não resistiu aos ferimentos. A polícia também está investigando outro tiroteio em andamento nas proximidades do Hotel Pullman, próximo ao aeroporto, onde a defesa e a vigilância poderiam ter sido mais eficazes.
Fonte: © Notícias ao Minuto
Comentários sobre este artigo