Pesadelos comuns afetam sono e saúde, ligados a transtornos cognitivos e demência. Estudos indicam relação direta entre eles.
A demência é uma condição que afeta a capacidade cognitiva e a memória de uma pessoa. Estudos recentes mostram que a demência pode estar relacionada a distúrbios do sono, como os pesadelos, que podem ser um sintoma precoce da doença.
Além disso, a demência pode levar a um transtorno cognitivo mais grave, afetando não apenas o sono, mas também a capacidade de raciocínio e tomada de decisões. É importante estar atento aos sinais precoces da demência e buscar ajuda médica caso haja suspeita de alterações no funcionamento cognitivo.
Estudo revela relação entre pesadelos frequentes e risco de demência
De acordo com uma pesquisa apresentada na reunião anual do Congresso da Academia Europeia de Neurologia de 2024, indivíduos na meia-idade que experimentam pesadelos com frequência têm um aumento significativo no risco de desenvolver demência. Para chegar a esses resultados, os cientistas analisaram informações genéticas de participantes de um estudo anterior conduzido no Imperial College London, em Londres.
Os resultados apontaram que adultos de meia-idade que sofriam com pesadelos recorrentes tinham quatro vezes mais probabilidade de experimentar um declínio cognitivo nos próximos dez anos. A relação entre pesadelos e demência levanta questões sobre a qualidade do sono e seu impacto no funcionamento cognitivo.
Edson Issamu, neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, destaca que estudos anteriores já sugeriram uma ligação entre o transtorno comportamental do sono REM e o risco de demência. O transtorno comportamental do sono, caracterizado por sonhos intensos acompanhados de vocalização e agitação motora, pode ser tratado com abordagens farmacológicas e não farmacológicas. No entanto, o tratamento não garante a prevenção do desenvolvimento de demência no futuro.
O diagnóstico de demência envolve uma avaliação multidisciplinar, incluindo exames médicos e neuropsicológicos, além de exames de imagem. Os sintomas mais comuns da demência incluem perda de memória recente, desorientação temporal e espacial, dificuldades na linguagem, alterações comportamentais e dificuldades na execução de tarefas diárias.
Em meio a essas descobertas, é crucial reconhecer a importância de identificar precocemente os sinais de transtornos cognitivos e buscar tratamentos específicos para mitigar os impactos do declínio cognitivo associado à demência. A conscientização sobre os fatores de risco e a busca por intervenções adequadas podem desempenhar um papel fundamental na promoção da saúde cognitiva e na prevenção de complicações futuras.
Fonte: @ Minha Vida
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