Ignacio Ruglio disse em coletiva que jogo no Campeón del Siglo só acontece com portões fechados, por decisão da Conmebol, para a negociação entre jogadores, comissão técnica e a contribuição, em um espaço fechado, sem torcedores.
O presidente do Peñarol, Ignacio Ruglio, revelou em entrevista coletiva que a diretoria do clube não tinha escolha a não ser aceitar a mudança de local para a disputa da semifinal da Libertadores em face do Botafogo. A partida, inicialmente prevista para ser disputada no Campeón del Siglo, será realizada no histórico Estádio Centenário, local que já abrigou muitas emoções nos confrontos internacionais do Peñarol.
A decisão de alterar o local da partida gerou reações variadas entre os torcedores do Peñarol, com alguns manifestando descontentamento, enquanto outros entenderam a necessidade de se adaptar às condições impostas. O presidente Ignacio Ruglio reconheceu o desconforto, mas ressaltou que a prioridade era garantir a realização da partida. A expectativa é que o Estádio Centenário esteja lotado, apesar dos portões fechados para evitar a superlotação, deixando os torcedores mais ansiosos do que nunca para ver o seu time em ação. O clube estará em busca de vencer e garantir sua passagem às finais da Libertadores, um sonho que se aproxima, mas ainda não pode ser alcançado.
Peñarol enfrenta Botafogo em semifinal da Libertadores em condições especiais
O presidente do Peñarol resumiu a situação antes de aceitar jogar a partida da semifinal da Copa Libertadores no Estádio Centenário. O clube uruguaio teve que negociar com a Conmebol, o governo uruguaio e a Associação Uruguaia de Futebol para garantir a presença de seus torcedores no jogo.
Uma situação delicada para a partida
Nós, dirigentes, queríamos jogar essa partida com nossos torcedores e não com portões fechados. Tivemos a recomendação da AUF e do Ministério do Interior para jogar no Centenário com torcida. Mas a ideia não nos agradou no início, porque era aceitar um precedente de que sairíamos da nossa casa.
Fechando um acordo difícil
Como parte da negociação, Peñarol disse que nos parecia muito injusto que o Botafogo tivesse feito o que quis no Brasil. Nos falaram que há expedientes abertos e haverá sanções. Nós dissemos que precisávamos ter alguma certeza no tema dos presos no Brasil. Como parte da negociação de aceitar jogar no Centenário, botamos como prioridade que a AUF, o governo uruguaio, Botafogo e a Conmebol se comprometam a partir de quinta-feira a se instalar no Rio de Janeiro até que nossos detidos voltem ao Uruguai.
Tomando uma decisão difícil
Nacho Ruglio concluiu dizendo que, antes de aceitar a alternativa de jogar no Centenário, consultou a comissão técnica de Diego Aguirre e seus jogadores. Voltamos a repetir que não era a solução que queríamos. Mas muitas vezes temos que tomar decisões. Mas as 17h ou 18h da tarde, nos comunicaram que a partida seria retirada do Uruguai ou seria sem público. E a menos pior das soluções era jogar no Centenário. Conversamos como nossos jogadores e comissão técnica, e o que eles queriam era estar com nosso público.
A decisão do Peñarol
A decisão de levar a partida para o Estádio Centenário foi tomada depois de um dia inteiro de tensões entre Conmebol, o governo do Uruguai, a Associação Uruguaia de Futebol e os clubes envolvidos na semifinal da Libertadores. O Centenário tem quase 25 mil lugares a mais do que o Campeón Del Siglo – 65 mil a 40 mil – o que torna mais fácil acomodar os torcedores visitantes com segurança. Além disso, o Centenário fica numa área mais central de Montevidéu, cercado de parques, o que permite deslocamento mais fácil das torcidas.
A partida da semifinal
Peñarol e Botafogo, portanto, se enfrentam no Centenário nesta quarta-feira, às 21h30. Com a vitória por 5 a 0 na ida, a equipe brasileira vai a campo com enorme vantagem no confronto.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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