Dados de pesquisa da CNC mostram impacto da reforma tributária na competitividade empresarial com impostos de importação.
Os itens do vestuário feminino, como saias, vestidos e blusas, tiveram um aumento de 407,4% em 2023, devido à isenção de imposto de importação para compras de até US$ 50, conforme apontado por um estudo feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Essas roupas femininas estão cada vez mais em destaque, refletindo a diversidade e a criatividade presentes no mundo da moda. A variedade de peças do vestuário feminino disponíveis no mercado oferece opções para todos os estilos e ocasiões, demonstrando a importância da moda como expressão de personalidade e identidade.
Impacto da Importação de Peças do Vestuário Feminino no Brasil
Os dados revelam um aumento significativo na quantidade de peças do vestuário feminino com valor de importação de até US$ 50 por unidade, com um crescimento de 35% em 2023 em comparação com 2022. Além disso, itens como vestidos (399,8%), sapatos de salto alto (231%), blusas de seda (163,4%) e bolsas de grife (104,7%) também registraram os maiores aumentos.
A análise realizada pela CNC foi baseada nos detalhes da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), sobre as importações de 10 mil tipos de peças do vestuário feminino classificadas por NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul).
A CNC reforça sua posição contrária ao aumento dos impostos no Brasil, sendo uma das entidades que mais lutam para impedir que a carga tributária seja elevada no país, especialmente com a atual reforma tributária em discussão. No entanto, é crucial garantir a competitividade ao empresário nacional, a fim de preservar a capacidade de geração de empregos no território brasileiro.
Segundo o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, é essencial não prejudicar a competitividade do empresário brasileiro em relação ao empresário chinês, visto que isso poderia impactar negativamente a criação de empregos no país. A China lidera com 51,8% das encomendas feitas pelos consumidores brasileiros, seguida por Argentina (6,2%) e Paraguai (5,9%).
O Brasil se destaca como uma das economias que mais tributam em relação ao PIB, com aproximadamente 34% de carga tributária. Quando se trata da tributação sobre o consumo, o país ocupa a sétima posição globalmente. Nos últimos 10 anos, a importação de peças do vestuário feminino da China, com valor médio de US$ 50, aumentou em 95%, enquanto a média global foi de 43%.
Medidas como a isenção para compras de até US$ 50 podem prejudicar a competitividade do empresário nacional, responsável por impulsionar a economia e a geração de empregos. Tavares critica essa isenção, destacando que ela desfavorece o empresariado brasileiro, que é fundamental para o desenvolvimento econômico do país.
O setor de comércio desempenha um papel crucial na geração de empregos formais no Brasil, empregando mais de 10,2 milhões de trabalhadores, o que representa mais de 22% do total de empregos. A preferência dada à indústria e ao comércio estrangeiros representa uma ameaça direta aos empregos de milhões de brasileiros.
Sem empresas nacionais competitivas, a capacidade de trabalho e renda no país é comprometida. O executivo enfatiza que, sem empregos, não há renda, o que impacta diretamente o poder de compra dos brasileiros, independentemente do preço das peças do vestuário feminino.
Fonte: @ Mercado e Consumo
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