Com sotaque mineiro, a Canastra Ventures foca em startups early stage de IA. Cartão de visitas com programas de residência e aceleração.
Para além dos algoritmos, a inteligência artificial (IA) tem impulsionado investimentos, movimentos e avaliações nos Estados Unidos e em diversos lugares do mundo. Neste momento, uma empresa brasileira de capital de risco está surgindo no mercado com o objetivo de explorar essa fronteira e garantir sua presença nesse cenário. A Canastra Ventures surge com ênfase no early stage e em startups nacionais de inteligência artificial.
Com a ascensão da inteligência artificial (IA) no mercado global, a Canastra Ventures se destaca como uma aposta promissora para investidores interessados em inovação e tecnologia. A gestora brasileira está comprometida em impulsionar o desenvolvimento de startups locais que atuam na vanguarda da IA, contribuindo assim para o crescimento do ecossistema empreendedor do país.
Inteligência Artificial na Fronteira do Investimento em Startups
E foi concebida por Pedro Dias, ex-Domo.VC; Artur Dias, ex-parceiro da Hyperlocal, investida do Softbank; e Larissa Bomfim, conselheira do Grupo SBF e filha de Sebastião Bomfim, fundador da holding de varejo. Sua proposta envolve a captação de um primeiro fundo de R$ 20 milhões. Com esse montante, a estratégia é investir em até 40 startups em rodadas pre-seed, além de reservar parte dos recursos para follow ons em aportes seed nos destaques desse portfólio.
‘Vai ser desafiador ver uma startup do Brasil competir, por exemplo, com a OpenAI’, menciona Pedro Dias, cofundador da Canastra Ventures, ao NeoFeed. ‘Mas o País possui talentos e criatividade suficientes para desenvolver uma segunda camada de muito potencial dessas tecnologias em cima do que já foi criado.’
Boa parte dos recursos do primeiro veículo da Canastra Ventures virá do capital dos próprios sócios, que já vinham avaliando projetos separadamente antes da criação da gestora. Dias não divulga o valor exato desse montante, mas acrescenta que já existem negociações com um investidor-âncora para o fundo. O plano é realizar um first closing entre abril e maio de 2025, e o primeiro investimento logo em seguida.
No entanto, como parte dessa agenda, a gestora planeja assinar entre um e dois cheques com os recursos dos sócios ainda neste ano e migrar, posteriormente, essas startups para a estrutura do fundo. A Canastra Ventures está buscando inspiração em fundos e incubadoras americanas como a Y Combinator para moldar a sua tese.
E, com a ideia de ganhar tempo e escala nas negociações, decidiu fixar seus aportes em R$ 500 mil, em troca de participações de 7%. No que diz respeito aos segmentos no radar, a gestora será completamente agnóstica e olhará da saúde ao varejo, passando pelo setor financeiro, real estate e empresas de software como serviço voltadas ao B2B.
‘Além da base tecnológica em inteligência artificial, outra premissa é que a startup já tenha um produto sendo vendido no mercado’, afirma Dias. ‘E o time precisa ter de dois a quatro cofundadores, sendo que um deles necessariamente precisa ter um perfil técnico. Do contrário, não investimos.’
Além da inspiração em modelos americanos, a estratégia também conta com ingredientes locais. Entre eles, o sotaque mineiro, expresso no nome da gestora, uma homenagem à Serra da Canastra e, nas palavras do próprio Dias, à ‘máfia do pão de queijo’ envolvida no projeto – Dias e Larissa Bomfim são mineiros, assim como boa parte das pessoas da gestora.
Um primeiro filtro no deal flow da gestora será um programa de residência, com duração de dez semanas e uma edição inicial em setembro. O segundo envolverá programas de aceleração, de 20 semanas, a partir de janeiro de 2025, centrados em temas como modelo de negócio, produto e vendas.
Fonte: @ NEO FEED
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