Cidades do Sul do Brasil registraram quase 500mm de chuva desde sábado; tempestades causaram deslizamentos de terra, inundações e mortes. Gravidade: extremo. Meteorologistas avisam instável clima, riscos: inundações, deslizamentos de terra. Ondas quentes e úmido ar, população afetada. Defesa Civil alerta: equilíbriosocial desbalanceado. Frente fria se aproxima.
Apesar das consequências das chuvas intensas no Rio Grande do Sul desde o último sábado (27), especialistas estão prevendo uma situação de ‘gravidade extrema’ para os próximos dias na região.
Além das tempestades e enchentes, as autoridades locais estão preocupadas com a possibilidade de mais deslizamentos de terra. A população foi alertada a tomar precauções extras e estar atenta aos avisos emitidos pelas autoridades. A situação exige uma resposta rápida e eficaz para minimizar os danos causados por essas chuvas intensas.
Como as chuvas intensas afetam o Rio Grande do Sul
Uma das explicações para os fenômenos climáticos intensos que atingem o estado é a onda de calor que atua em parte do Brasil. De acordo com os mapas meteorológicos, a onda de calor que afeta a maior parte do Paraná e do Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul, sul de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, impede a passagem de uma frente fria que atua no Rio Grande do Sul. Em função disso, o ar úmido e instável tem ficado ‘estacionado’ no Sul do Brasil.
Os meteorologistas explicam que uma frente fria entrou pelo Oeste e o Sul do estado gaúcho, provocando tempestades intensas. A projeção é de 150 mm a 300 mm de chuva nos próximos dias. A situação gera riscos de novas enchentes e deslizamentos de terra, já que algumas cidades do RS já registraram quase 500 mm de chuva desde sábado. As informações são da MetSul Meteorologia.
Riscos para a população afetada
Chuvas intensas causaram deslizamentos de terra, tornando este o maior desastre climático da história do Rio Grande do Sul. O governador do estado, Eduardo Leite, afirmou que a situação já é pior do que a registrada em setembro de 2023 e é considerado o ‘maior desastre do estado’.
O governo estadual fez um apelo para que a população das áreas mais afetadas deixem suas casas o quanto antes, já que a capacidade de resgates pode ser comprometida. Segundo a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, os fortes temporais já deixaram 10 mortos e 21 desaparecidos, com onze pessoas feridas, 1.072 desabrigadas e mais de 3.400 desalojadas. Um total de 114 municípios gaúchos foram afetados.
Mobilização para enfrentar as tempestades
Os estados de Santa Catarina e São Paulo anunciaram o envio de apoio às autoridades gaúchas, com homens, viaturas, helicópteros e embarcações. O exército também está contribuindo com aeronaves e militares para auxiliar nos resgates.
O presidente Lula estará no Rio Grande do Sul nesta quinta, acompanhado de ministros, para monitorar as ações de enfrentamento dos danos causados pelas chuvas intensas. Em 2023, uma série de desastres climáticos já havia impactado o estado, com registro de 16 mortes em junho, 54 em setembro e mais 5 em novembro. A gravidade da situação requer um equilíbrio entre ações preventivas e de resposta imediata para proteger a população e minimizar os danos provocados pelas tempestades e enchentes.
Fonte: @Olhar Digital
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