Em 2018, no município de Aquiraz (CE), Gegê do Mangue e Paca foram assassinados em emboscada em uma reserva indígena. Acusado: Ministério Público do Ceará (MPCE). Ausência de indícios. Crise na facção criminosa do PCC. Líderes: cúpula, Fulinho, Gaeco. Plano de “resgatar”: transfers para presídios federais. Júri popular: materialidade do crime. Denúncia: lideranças e braço direito. PCC: facção criminosa. Justiça: ausência de indícios contra acusado.
A Justiça do Ceará decidiu não levar a júri popular Fuminho, também conhecido como Gilberto Aparecido dos Reis, que era acusado de ser o mandante do assassinato de Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e de Fabiano Alves de Souza, o Paca, então chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC). O traficante Fuminho é considerado braço direito de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder máximo da facção criminosa. Para o Ministério Público do Ceará (MPCE), Fuminho foi o responsável por ordenar a execução de Gegê e Paca, integrantes da mais alta cúpula do PCC.
Na época do assassinato das lideranças, em 2018, houve uma crise no PCC desencadeada pelos ataques violentos. Em 2019, como vingança pela morte dos dois líderes do PCC, Wagner Ferreira da Silva, conhecido como Cabelo Duro, foi assassinado a tiros de fuzil na frente de um hotel no Jardim Anália Franco, na zona leste de São Paulo. O caso ilustra a complexidade das relações e rivalidades no mundo do crime organizado em que Fuminho está inserido.
A prisão de Fulinho no Ceará
Recentemente, a Justiça do Ceará tomou uma decisão que chamou atenção de todos: a impronúncia de Gilberto Aparecido dos Santos, conhecido como Fuminho, em um caso que envolvia a prova da materialidade do crime, mas a ausência de indícios de autoria. Essa denúncia foi rejeitada, e o acusado foi impronunciado, o que gerou repercussão em diversos setores.
Quem é Fuminho?
Fuminho, Gilberto Aparecido dos Santos, conhecido por sua ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC), está sob os holofotes da Justiça e da mídia desde sua prisão em 2020, na Penitenciária Federal de Brasília. Sua trajetória criminosa é marcada por fugas espetaculares, como a do Carandiru em 1999, e pela influência na hierarquia da facção criminosa.
Em um caso que chocou a opinião pública, Fuminho foi condenado em 2022 a 26 anos e 11 meses de prisão pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, devido à sua participação em um grande carregamento de cocaína. Estima-se que ele tenha recebido uma quantia milionária da facção para planejar o resgate de Marcola, líder máximo do PCC, de uma penitenciária federal.
Os desdobramentos da prisão de Fulinho
As investigações apontaram para um plano arquitetado por Fuminho e outras lideranças do PCC para resgatar Marcola e outros membros da cúpula da facção. Essa ação foi descoberta pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo, que agiu para evitar o resgate dos presos perigosos.
Com a desarticulação do plano, Marcola e os demais líderes foram transferidos para presídios federais em Brasília e Porto Velho, frustrando as intenções da facção criminosa. Essa atuação rápida e eficaz demonstrou a capacidade das autoridades em enfrentar as tentativas de desestabilização do sistema prisional.
A prisão de Fuminho e a revelação do plano de resgate evidenciaram a crise interna no PCC e a importância de manter as lideranças da facção sob controle. A ação do Gaeco e a cooperação entre diferentes esferas da segurança pública foram fundamentais para evitar possíveis ataques violentos e garantir a ordem no sistema penitenciário.
Esses eventos recentes ressaltam a complexidade do cenário do crime organizado no Brasil e a necessidade de ações enérgicas para combater as facções criminosas que representam uma ameaça à sociedade. Fuminho, com sua trajetória conturbada e influência na hierarquia do PCC, permanece como uma figura central nesse contexto de criminalidade e segurança pública.
Fonte: @ CNN Brasil
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