No dia, o índice subiu no final, mas investidores agiram com cautela devido à votação do Copom para a Selic.
A preocupação com a decisão do Copom que será divulgada em breve – e deve impactar o Ibovespa – gerou incertezas sobre o rumo da bolsa brasileira. Sem clareza sobre o cenário, os investidores atuaram com cautela nesta quarta-feira (19).
O mercado de ações brasileiro segue atento às movimentações do Ibovespa, em busca de sinais que possam orientar as próximas estratégias. A volatilidade na bolsa reflete a expectativa em torno das decisões econômicas, evidenciando a sensibilidade dos investidores a cada notícia relevante.
Ibovespa: Decisão do Copom mantém taxa de juros e mercado aguarda por gestão técnica
Agentes do mercado afirmam que a resolução do comitê de política monetária do Banco Central (BC) em manter a taxa básica de juros em 10,5% ao ano era esperada. O Termômetro do Copom do Valor Investe indicava que 93% dos investidores apostavam nesse cenário. No entanto, a preocupação atual gira em torno da gestão técnica do BC e sua independência da agenda política a partir de 2025, quando um indicado pelo governo assumirá o cargo.
Enquanto as incertezas pairam sobre o horizonte, o Ibovespa se destaca como o centro das atenções no mercado de ações brasileiro. Apesar das quedas recentes, o índice conseguiu recuperar-se e fechar acima dos 120 mil pontos, demonstrando resiliência diante das pressões. No acumulado do mês, ainda apresenta perdas de 1,5%, e no ano, uma queda de 10,38%.
O volume financeiro movimentado na carteira do Ibovespa atingiu R$ 9,4 bilhões, marcando o menor nível desde maio. Em um dia sem referências claras do mercado externo devido ao feriado nos Estados Unidos, a bolsa brasileira navegou por águas turbulentas. A falta de direcionamento levou o Ibovespa a oscilar ao longo do pregão, encerrando com um leve ganho de 0,53%.
Enquanto isso, as taxas de juros futuros seguiram em alta, refletindo as expectativas dos investidores em relação à Selic. Os contratos de curto prazo tiveram ajustes significativos, com a DI para janeiro de 2025 subindo para 10,71% e a de janeiro de 2032 alcançando 12,18%. O mercado também reagiu às preocupações com a política fiscal e monetária no Brasil, impulsionando o dólar a R$ 5,44, seu maior valor desde julho de 2022.
A volatilidade persiste nos mercados, com os investidores atentos às decisões do Copom e às perspectivas econômicas. A busca por uma gestão técnica e alinhada com os interesses do mercado continua a ser um ponto de atenção para os agentes financeiros, que buscam orientação em meio à incerteza política e econômica no país. O Ibovespa, como termômetro da bolsa brasileira, permanece no radar dos investidores, que buscam oportunidades de crescimento e proteção de seus ativos em um cenário desafiador.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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