Telescópio Hubble, da NASA, com 1 giroscópio, captura Universo com controle preciso de direção em processo de modificação das taxas de giro.
Em um curto período de tempo, o Telescópio Espacial Hubble, da NASA, enfrentou duas vezes a mesma situação anômala e teve que ativar o modo de segurança. A primeira ocorrência foi em 23 de abril, como reportado pelo Olhar Digital, e a segunda em 24 de maio. A causa da falha recorrente está ligada a um dos três giroscópios em funcionamento no equipamento, que antes contava com um total de seis.
No segundo incidente, a equipe responsável pelo Telescópio Hubble teve que agir rapidamente para garantir a integridade do equipamento e do Sistema Espacial como um todo. A manutenção contínua desses instrumentos é crucial para a realização de pesquisas e descobertas no universo, demonstrando a importância do investimento em tecnologia espacial de ponta.
Telescópio Hubble: Sistema Espacial e Controle de Direção
Os giroscópios desempenham um papel crucial no Telescópio Hubble, medindo as taxas de giro e contribuindo para o sistema de controle que garante uma direção precisa em suas observações cósmicas. A precisão do apontamento do Telescópio Hubble é fundamental para capturar imagens nítidas e detalhadas do universo.
Durante um período de seis meses, o Telescópio Hubble enfrentou problemas com seus giroscópios, o que poderia ter colocado em risco sua missão de 34 anos de exploração espacial. No entanto, os engenheiros da NASA estavam preparados para essa eventualidade desde o lançamento do Hubble, permitindo que o telescópio continuasse operando com apenas um giroscópio funcional.
O processo de modificação do sistema para operar com um único giroscópio foi concluído com sucesso, e o Telescópio Hubble retornou às operações científicas em 14 de junho. A primeira imagem obtida nessa nova configuração de apontamento foi da galáxia NGC 1546, localizada na constelação de Dorado.
A imagem revela detalhes impressionantes da galáxia, com faixas de poeira iluminadas pelo núcleo, que aparecem marrom-enferrujadas devido à absorção da luz. O núcleo brilha intensamente em tons amarelados, indicando uma população de estrelas mais antigas, enquanto regiões azuis brilhantes revelam atividade de formação estelar ativa.
O Telescópio Hubble capturou essa imagem utilizando sua Wide Field Camera 3, em colaboração com o Telescópio Espacial James Webb e o Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA). Essa parceria permite aos cientistas obter uma visão abrangente e detalhada da formação e evolução estelar em diferentes comprimentos de onda.
Com a nova configuração de apontamento mais estável, a equipe da NASA está otimista de que o Telescópio Hubble continuará realizando suas observações científicas de forma eficaz, contribuindo para descobertas inovadoras sobre o cosmos. O sucesso dessa nova abordagem reforça o papel crucial do Hubble como uma ferramenta essencial no arsenal astronômico da NASA, permitindo a exploração de nosso sistema solar e além, até as galáxias mais distantes.
Fonte: @Olhar Digital
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