Com retorno de Trump à presidência, a indústria de mídia vê um cenário mais favorável para destravar fusões e aquisições barradas sob governo de Biden, e agências reguladoras podem relaxar regras do setor.
Na esfera internacional, o novo presidente dos EUA busca fortalecer acordos que beneficiem o país. Para isso, é necessário que sejam feitas ações em conjunto com outros países, seja por meio de alianças ou por meio de acordos.
O posicionamento de Trump em relação a China, um dos principais países com os quais os EUA precisam firmar acordos, tem sido um dos pontos de maior expectativa e temor. Considerando o recente veto do congresso americano em relação ao veto presidencial de Trump, o que poderia colocar em risco a imposição de sanções contra a China, parece que Trump buscará manter acordos comerciais com a China. Além disso, Trump também deve buscar contratos que beneficiem os negócios americanos em outros países, o que poderia ter um impacto significativo no mercado de ações americanas.
Fusões e Aquisições no Setor de Mídia sob o Governo de Trump
A perspectiva do setor de mídia nos Estados Unidos melhora significativamente com o governo de Trump, segundo uma reportagem de Axios. Isso deve levar a um ambiente favorável para as fusões e aquisições, um escudo de proteção para empresas tradicionais do segmento, enfrentando desafios estruturais.
Acordos Negociados
No entanto, na administração de Joe Biden, esses acordos enfrentaram barreiras fortes. A resistência se manifestou particularmente na figura de Lina Khan, presidente da Federal Trade Commission (FTC), e Jonathan Kanter, chefe da área de antitruste do Departamento de Justiça. Eles tentaram impedir a conclusão de uma série de transações. Com a mudança de governo, é quase certo que Trump irá substituir líderes de agências reguladoras, incluindo a FTC e o Departamento de Justiça.
Impacto no Setor de Mídia
A sinalização de que Trump irá substituir líderes, como Lina Khan, pode trazer um ritmo de mudança e oportunidade de consolidação bem diferente, proporcionando um impacto positivo e acelerado necessário na indústria. David Zaslav, CEO da Warner Bros. Discovery, afirmou isso ao discursar sobre a teleconferência de resultados da empresa. A empresa optou por vender ativos menores, diante desse cenário.
Alianças e Contratos
A Comcast também está considerando a separação de suas operações, como os ativos de TV a cabo, em uma empresa listada. Outro negócio complexo que poderia ganhar sinal verde nesse cenário é a compra da Paramount pela Skydance, com investimentos de Larry Ellison, apoiador de Trump. No entanto, há alguns indicativos de que esse contexto poderia não ser tão favorável aos acordos. O Departamento de Justiça, no primeiro mandato de Trump, passou dois anos tentando bloquear o acordo entre a AT&T e a Time Warner. Além disso, o vice-presidente eleito J.D. Vance tem se manifestado a favor de Khan, presidente do FTC, o que pode levar a uma forte regulamentação antitruste nas big techs.
Fonte: @ NEO FEED
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