MPF no RJ pede à Justiça Federal extradição do ex-CEO das Americanas por fraude bilionária. Prisão preventiva solicitada pelo Departamento de Recuperação.
O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro solicitou à Justiça Federal a decretação da extradição do ex-CEO do Grupo Americanas, Miguel Gutierrez, que reside em Madri, na Espanha. O executivo está sob investigação devido à fraude bilionária ocorrida na empresa varejista.
A transferência de um indivíduo de um país para outro, seja por extradição ou deportação, é um processo complexo que envolve questões legais e diplomáticas. No caso de Miguel Gutierrez, a possível extradição para o Brasil pode resultar em um desfecho significativo para as investigações em andamento.
MPF busca extradição do ex-CEO das Americanas residindo na Espanha
O Ministério Público Federal está empenhado em extraditar o ex-CEO das Americanas, Miguel Gomes Pereira Sarmiento Gutierrez, que atualmente vive na Espanha. A petição foi encaminhada à 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro pelos procuradores da República José Maria de Castro Panoeiro e Paulo Sergio Ferreira Filho. Eles solicitam a extradição com base nos fundamentos que levaram à prisão preventiva de Gutierrez.
A decisão final sobre a extradição caberá à Espanha, em um processo que envolve a soberania de ambos os países. Caso a extradição seja decretada pelo juiz federal, o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), ligado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, será responsável por conduzir o processo no Brasil.
O Ministério Público Federal argumenta que a extradição é necessária para evitar que Gutierrez seja processado na Espanha, caso a extradição seja negada. Nesse cenário, a Justiça brasileira fornecerá as provas necessárias para o julgamento do acusado no país requerente.
Gutierrez foi detido em Madri em 28 de junho, sendo liberado no dia seguinte após prestar depoimento. O Grupo Americanas alega que fraudes durante a gestão anterior da empresa chegam a R$ 25 bilhões. A defesa de Gutierrez afirma que ele não tinha conhecimento das fraudes e tem colaborado com as autoridades.
Além disso, a ex-diretora da Americanas, Anna Cristina Ramos Saicali, teve que entregar seu passaporte ao chegar ao Brasil vinda de Portugal. A diretoria atual da empresa alega ter sido vítima das fraudes da gestão anterior, que manipulou os controles internos. A situação continua em desenvolvimento, com desdobramentos esperados nos próximos dias.
Fonte: © Conjur
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