Nvidia caiu 6% no pregão devido a ameaças comerciais de Trump à fornecedora de chips, TSMC.
Os principais índices de ações de São Paulo também tiveram uma queda significativa, influenciados pela desvalorização das ações de empresas de varejo em meio a um cenário de incertezas econômicas. A volatilidade do mercado tem levado os investidores a reavaliarem suas estratégias e diversificarem suas carteiras de ações.
Além disso, os investidores têm buscado alternativas de investimento, como papéis de renda fixa, para proteger seus ativos em meio à instabilidade do mercado. A diversificação dos títulos em carteira tem se mostrado uma estratégia eficaz para mitigar os riscos e garantir um portfólio mais equilibrado.
Ações em Destaque no Mercado Financeiro
Quase a totalidade dos analistas concorda que o Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, está prestes a iniciar seu ciclo de cortes nas taxas de juros no próximo mês de setembro. Após o encerramento da sessão, o índice S&P 500 registrou uma queda de 1,25%, enquanto o Nasdaq recuou 2,49%. Por outro lado, o Dow Jones apresentou um avanço de 0,59%, alcançando seu quarto recorde consecutivo.
O desempenho negativo dos índices foi influenciado, em parte, pela queda nas ações do setor de semicondutores, que vinham impulsionando os índices S&P 500 e Nasdaq nos últimos meses. O grupo de empresas de semicondutores registrou uma queda de mais de 5%, algo que não era observado desde abril.
Dentre as empresas do setor, destacam-se as seguintes variações: a Nvidia teve uma queda de 6,43%, a AMD desvalorizou 8,85%, a Micron caiu 6%, a Broadcom 7,31%, a TSMC 7,57% e a Qualcomm 8,21%. Além disso, os papéis dessas empresas despencaram até 8,7% após declarações do candidato republicano à presidência, Donald Trump, sobre Taiwan.
As perdas no mercado também estão relacionadas à possibilidade de restrições comerciais mais rígidas, conforme divulgado pela Bloomberg, caso empresas como a ASML continuem a fornecer tecnologia de semicondutores à China.
Os comentários de Christopher Waller e Thomas Barkin, membros do Fed, indicam uma aproximação do movimento de cortes de juros, com base em cenários potenciais e dados econômicos recentes. Enquanto isso, os dados sobre construções de novas moradias e produção industrial nos EUA superaram as projeções dos analistas.
Paula Zogbi, gerente de pesquisa na Nomad, destaca a relação entre o movimento de alta do Dow Jones e as projeções de cortes de juros pelo Fed. A mudança de perspectiva no mercado tem impulsionado uma rotação de investidores, com um aumento significativo no interesse por papéis de empresas de baixo e médio valor de mercado e setores sensíveis a juros.
Esse movimento de mercado, iniciado recentemente, tende a se manter e pode continuar a influenciar as decisões de investimento nos próximos meses.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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