Módulo Chang’e-6 alcança sucesso em missão lunar robótica na bacia do Polo Sul-Aitken; começou em 3 de maio.
O módulo lunar Chang’e-6 da China pousou com sucesso no outro lado da Lua na madrugada deste domingo (2), em um passo significativo para a ambiciosa missão que poderia promover as aspirações do país de colocar astronautas na Lua. A sonda Chang’e-6 aterrou na Bacia do Polo Sul-Aitken, onde começará a recolher amostras da superfície lunar, anunciou a Administração Espacial Nacional da China.
Sendo o esforço lunar robótico mais complexo da China até à data, a missão não tripulada visa devolver à Terra amostras do outro lado da Lua pela primeira vez. O pouso marca a segunda vez que uma missão alcança com sucesso o outro lado da lua, explorando o solo lunar em uma jornada histórica que começou a desvendar os mistérios do terreno lunar.
Missão Lunar Robótica Chang’e-6 Alcança Sucesso
A exploração lunar continua a ser um dos principais focos da China, com a recente missão da sonda Chang’e-6 sendo um marco significativo nesse esforço. A missão, que teve início em 3 de maio, visa explorar a bacia do Polo Sul-Aitken, uma região rica em mistérios e potencial científico.
O módulo de aterrissagem da Chang’e-6 pousou com sucesso na cratera de impacto conhecida como Bacia Apollo, localizada na vasta Bacia Aitken do Polo Sul, uma área com cerca de 2.500 quilômetros de diâmetro. Esta região lunar é de grande interesse devido à sua antiguidade e potencial de conter pistas sobre a história do nosso sistema solar.
Uma das principais metas da missão é coletar amostras do solo lunar para análise. Com um braço mecânico e uma broca, a sonda pretende recolher até 2 quilogramas de poeira lunar e rochas da bacia, que se formou há aproximadamente 4 bilhões de anos. Essas amostras podem fornecer insights valiosos sobre a evolução da Lua, da Terra e do sistema solar como um todo.
Para garantir o sucesso da missão, o módulo de pouso precisará armazenar as amostras de forma robotizada em um veículo de subida que o acompanha. O veículo de subida retornará à órbita lunar, onde transferirá as amostras para uma cápsula de reentrada. Esta cápsula, juntamente com o orbitador, está programada para retornar à órbita da Terra e, eventualmente, pousar na região da Mongólia Interior, na China.
Uma das principais dificuldades enfrentadas pela missão é a comunicação devido à localização no lado oculto da Lua. Para superar esse obstáculo, a Chang’e-6 conta com um satélite em órbita lunar que foi lançado anteriormente para garantir a transmissão de dados.
Com a conclusão bem-sucedida desta missão histórica, a China reafirma seu compromisso com a exploração espacial e a conquista de novos horizontes no campo da ciência e da tecnologia. A busca por conhecimento e descobertas continua a impulsionar a humanidade para novas fronteiras, e a Lua permanece como um alvo intrigante e inspirador para futuras missões espaciais.
Fonte: © CNN Brasil
Comentários sobre este artigo