Equipe de pesquisadores no Acre revelará história do bioma e impactos climáticos em práticas agrícolas dos povos indígenas, com amostras coletadas pela Geosol.
Primeira coleta de dados realizada pela equipe de pesquisadores da USP e técnicos da Geosol Foto: Arquivo TADP Projeto científico de perfuração na Amazônia tem início no Pará: ASSISTINDO Projeto científico de perfuração na Amazônia tem início no Pará ASSISTINDO Um olhar sobre o racismo ambiental em desastres climáticos ASSISTINDO Exposição revela as práticas agrícolas dos povos indígenas A etapa inicial do Projeto de Perfuração Transamazônico (TADP, na sigla em inglês) foi finalizada no Acre.
Em relação ao megaprojeto científico de perfuração na Amazônia, os resultados preliminares indicam descobertas significativas. O Projeto de Perfuração Transamazônico visa aprofundar o conhecimento sobre a região, promovendo avanços na pesquisa ambiental. Essa iniciativa representa um marco na exploração científica da Amazônia, contribuindo para a compreensão dos ecossistemas locais.
Projeto científico de perfuração na Amazônia: Explorando os Segredos da Região
O megaprojeto científico de perfuração, conhecido como Projeto de Perfuração Transamazoniano, está em pleno andamento na Amazônia. A fase atual das operações está ocorrendo no município de Bagre, na Ilha do Marajó, no Pará, após o sucesso das atividades no Acre.
A equipe de pesquisadores e técnicos da Geosol está trabalhando incansavelmente para coletar dados valiosos que ajudarão a desvendar a história da Amazônia e do clima da América do Sul tropical. A abertura de um poço e a coleta contínua de testemunhos são essenciais para alcançar esse objetivo.
Durante a primeira fase do projeto, realizada no norte do Acre, foram coletados 870 metros de testemunhos a uma profundidade impressionante de 923 metros. O pesquisador André Sawakuchi, do Instituto de Geociências da USP, enfatiza a importância desse material único para o estudo da região.
As amostras cilíndricas de rochas sedimentares da era geológica do Cenozóico, representando os últimos 23 milhões de anos, são fundamentais para compreender a evolução da Amazônia. É nesse período que a região se tornou a mega biodiversa que conhecemos hoje.
A segunda fase do projeto, iniciada na Ilha do Marajó, promete trazer novas descobertas. A equipe enfrentou desafios logísticos significativos durante o deslocamento do equipamento de sondagem do Acre para o Pará, percorrendo cerca de 3800 quilômetros via rios Juruá, Solimões e Amazonas.
A bacia sedimentar onde ocorre a perfuração na Ilha do Marajó é estrategicamente localizada próxima à foz do rio Amazonas, recebendo sedimentos de rios que drenam tanto a Amazônia quanto o Cerrado. Isso possibilita aos pesquisadores reconstruir não apenas a história da Amazônia, mas também a do Cerrado e do clima da região centro-oeste do Brasil.
As amostras coletadas serão analisadas em renomadas instituições de pesquisa, como o repositório do ICDP na Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, e em universidades parceiras no Brasil, França, Panamá, Holanda, Dinamarca, entre outros países.
O investimento total no projeto de perfuração é de aproximadamente US$ 3.9 milhões, com contribuições significativas de organizações como o ICDP, a National Science Foundation (NSF) dos Estados Unidos, o Smithsonian Tropical Research Institute (STRI) do Panamá e a FAPESP do Brasil. Esses recursos são essenciais para o avanço da pesquisa científica na região amazônica.
Fonte: @ Terra
Comentários sobre este artigo