Artigo publicado sobre o mecanismo de Anticítera, descoberta lunar de engrenagens de bronze, desafia cientistas até hoje.
Descoberto nos destroços de um naufrágio em 1901, o mecanismo de Anticítera continua sendo objeto de estudo até os dias atuais, revelando novas informações sobre como o computador mais antigo do mundo era empregado pelas civilizações antigas. Com mais de 2 mil anos de idade, o artefato foi encontrado na ilha grega de Antikythera, originando seu nome.
A recente descoberta sobre o dispositivo antigo lança luz sobre a complexidade e a sofisticação desse antigo computador, desafiando as concepções anteriores sobre seu uso e funcionalidades. A presença desse artefato milenar nos lembra da incrível evolução tecnológica que nos trouxe aos modernos computadores que utilizamos diariamente.
‘Descoberta sobre o Mecanismo de Anticítera: Revelações sobre o Computador Antigo’
O intrigante dispositivo, composto por uma intrincada rede de engrenagens de bronze, apresentava uma capacidade notável de antecipar os movimentos celestes, incluindo ciclos lunares e eclipses. A recente descoberta lançou luz sobre o funcionamento do ‘computador’ de Anticítera, revelando detalhes fascinantes sobre seu mecanismo.
Um artigo recentemente publicado pelo jornal The Horological Journal, em 27 de junho, trouxe à tona informações cruciais sobre uma parte específica do dispositivo, conhecida como o ‘Anel de calendário’. Este anel, responsável por acompanhar os dias do ano, seguia um calendário lunar de 354 dias, em conformidade com as práticas gregas da época em que o artefato foi concebido.
Contrariando a crença anterior, que atribuía a base do dispositivo ao calendário egípcio de 365 dias, os resultados obtidos pela equipe de pesquisa da Universidade de Glasgow sugerem uma ligação mais estreita com o calendário lunar grego. Esta nova descoberta lança novas luzes sobre a função do ‘computador’ de Anticítera, revelando sua complexidade e engenhosidade.
Para desvendar os segredos deste artefato antigo, os cientistas empregaram uma combinação de tecnologia de raio X, análises matemáticas e meticulosas medições. Através desses métodos, foi possível identificar diferenças significativas no calendário utilizado, com base na disposição dos orifícios presentes no dispositivo.
O professor de astrofísica da Universidade de Glasgow, Graham Woan, enfatizou a precisão exigida na fabricação do mecanismo, destacando a habilidade necessária para perfurar os orifícios de forma tão precisa. Ele ressaltou a simetria entre as técnicas modernas de investigação astronômica e a engenhosidade empregada na criação do ‘computador’ de Anticítera.
Mais informações sobre este ‘computador’ único revelam sua capacidade de prever eventos astronômicos complexos, como ciclos lunares e eclipses. Descoberto por mergulhadores gregos nas proximidades da ilha de Antikythera em 1900, o dispositivo intrigante apresentava dois discos principais: um representando os signos do zodíaco e outro contendo um calendário egípcio de 12 meses.
Para operar o ‘computador’, o usuário precisava inserir a data atual e girar uma manivela, fazendo com que as engrenagens se movessem e exibissem os fenômenos astronômicos por meio de ponteiros. Datado aproximadamente do ano 200 a.C., o Anticítera desperta especulações sobre a possível autoria, com o matemático Arquimedes sendo apontado como um potencial inventor, embora tal teoria ainda careça de confirmação.
Fonte: @Olhar Digital
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