OMM prevê retorno às condições do La Niña este ano com mudanças climáticas extremas.
O fenômeno El Niño 2023/2024, que impulsionou o aumento das temperaturas globais e das condições meteorológicas extremas no mundo, está dando sinais de acabar, informou nesta segunda-feira (3) a Organização Meteorológica Mundial (OMM). Segundo previsões atualizadas da OMM, divulgadas em nota, é provável que haja um retorno ainda este ano às condições características do La Niña.
Esse padrão climático cíclico conhecido como La Niña pode ter impactos significativos no clima global, influenciando as temperaturas e os padrões de chuva em diversas regiões. A transição do El Niño para o La Niña geralmente traz consigo mudanças nas condições atmosféricas, afetando a dinâmica climática em escala mundial.
La Niña: O Fenômeno Climático Cíclico
A dinâmica do oceano Pacífico é influenciada pelo padrão climático cíclico conhecido como La Niña, que se caracteriza pelo resfriamento das águas superficiais, formando uma espécie de ‘piscina de águas frias’. Essas condições, opostas ao El Niño, têm impactos significativos na atmosfera, alterando o comportamento climático global.
As características do La Niña atingem seu pico no final de cada ano e geralmente se dissipam no ano seguinte. De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), as previsões indicam uma probabilidade crescente de o La Niña se manifestar entre junho e agosto, com chances ainda maiores de julho a setembro e agosto a novembro. Durante esses períodos, a possibilidade de um novo El Niño é praticamente nula.
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) destaca que as mudanças na dinâmica atmosférica causadas pelo La Niña variam em intensidade e duração, influenciando os padrões climáticos regionais. A interação desses fenômenos com outras variáveis climáticas pode resultar em condições meteorológicas extremas em diferentes partes do mundo.
O El Niño Oscilação Sul, que engloba tanto o El Niño quanto o La Niña, está inserido no contexto das alterações climáticas induzidas pela atividade humana. Essas mudanças estão elevando as temperaturas globais, agravando as condições climáticas e afetando os padrões de chuva e temperatura sazonais.
Ko Barrett, subsecretária-geral da OMM, alerta para a continuidade de um clima mais extremo devido ao calor e à umidade adicionais na atmosfera. As projeções da OMM indicam que as temperaturas permanecerão acima da média em grande parte das áreas terrestres, com precipitação acima do normal em diversas regiões, como o extremo norte da América do Sul, América Central, Nordeste africano, região do Sahel e partes do Sudoeste asiático, em parte devido aos efeitos iniciais das condições do La Niña.
Fonte: @ Agencia Brasil
Comentários sobre este artigo