Lideranças do Norte e Nordeste, da Aliança de Juventudes por Governança Energética, se concentraram no Morro Santo Amaro, representante da juventude no G20, para uma transição energética justa.
A juventude brasileira se mobiliza em todas as áreas, desde as comunidades rurais até as cidades. Eles estão trabalhando para promover uma transição energética mais sustentável e justa em seus territórios. ‘A transição energética é um processo de humanização’, destaca a ativista. E isso é nada menos que um grito de alerta.
Seja em comunidades rurais, favelas, aldeias ou cidades, a juventude está determinada a promover mudanças. O representante da juventude no G20 é o Marcus Barão. Ele é um jovem lutador que está no centro da atenção. ‘Precisamos de ações concretas e não apenas discursos’, enfatiza o ativista. Jovens em todo o Brasil estão exigindo mudanças e lutando por um futuro mais sustentável. Eles estão em quilombos e em aldeias. Eles estão em cidades e em favelas. Eles estão em campos e em florestas. A juventude está ali para fazer a diferença.
Manifesto de Juventude Periférica chega ao G20 Social
A Juventude Periférica, através da Aliança de Juventudes por Governança Energética, reuniu lideranças do Norte e Nordeste em evento paralelo ao G20 Social, no Morro Santo Amaro, no Rio de Janeiro, e conseguiu entregar ao Representante Oficial da Juventude no G20 um manifesto que começa com o seguinte poema:
‘As veias abertas da América Latina
Latifúndios, mineradoras, hidrelétricas
De marco em marco, eles nos zeram
Testam, colonizam, dizimam, mercurizam, perfuram, alagam, apagam
Logo nós, os donos da energia
Palhaços, fazemos o circo funcionar
Mas não provamos do pão
Ou melhor, do linhão
Excluídos de propósito das linhas de transmissão
Petróleo para mim ou pro patrão?
Para o capital ou Marias e Joãos?
Não!
Não vamos deixar que nos perfurem com essas mãos
Que se enchem de sangue
Mas que no bolso está cheio de milhão.
NÃO
Ativista acredita nos gestos da arte’
O poema, escrito por Norah Costa, uma educadora popular e ativista de 28 anos, de Santarém, Pará, é um chamado à ação contra as injustiças e a exploração do petróleo e outras fontes de energia. ‘Esse é o papel da arte dentro da militância’, diz Norah. ‘A escolha de começar com poesia não foi por acaso. Ela rompe com a forma tradicional, aquela de se apresentar com um ‘olá, nós somos…’ . É um chamado que impacta, uma abertura que sensibiliza e conecta’.
O manifesto reivindica o fim da exploração do petróleo na Foz do Rio Amazonas e outras medidas para a transição energética. O Representante Oficial do Y20, Marcus Barão, se surpreendeu com a entrega do manifesto e disse que vai levar a pauta com ele para os próximos encontros de que vai participar. ‘É a primeira vez que vejo juventudes pautando transição energética’.
A entrega do manifesto demandou um corre, pois apenas três jovens da comitiva de 25 conseguiram credenciais para entrar na plenária final. A Juventude Periférica continua a lutar por suas reivindicações e pela implementação de pautas periféricas no G20 Social.
Fonte: @ Terra
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