Chanceler brasileiro participa de reunião convocada por Maduro para proclamar sua reeleição. Detalhes da votação serão publicados pelo Ministério das Relações Exteriores.
📲 Siga o A10+ no Instagram, Facebook e Twitter. O Ministério das Relações Exteriores orientou o embaixador do Brasil na Venezuela, Carlos Henrique de Oliveira, a participar de uma reunião com Maduro que está marcada para a próxima quarta-feira (31).
Na mesma semana, está previsto um encontro com Maduro com representantes de outros países latino-americanos. O encontro, presidente Venezuela, será uma oportunidade para discutir questões de cooperação regional e fortalecimento das relações diplomáticas.
Reunião com Maduro: Ministério das Relações Exteriores e Atual presidente do país
A apuração realizada revelou que o presidente venezuelano convocou os representantes de outras nações para um encontro visando o reconhecimento de sua reeleição. A iniciativa partiu do chanceler brasileiro, Mauro Vieira. Com esse movimento, espera-se que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva só reconheça o resultado reivindicado por Maduro, que está sendo contestado pela oposição e por outros países, após a publicação das atas de votação pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral), órgão responsável pelo pleito na Venezuela.
Detalhes das urnas ainda não foram divulgados pelo CNE, e o Palácio do Planalto solicitou à Venezuela a publicação dessas informações. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil está considerando emitir uma nota conjunta com Colômbia e México cobrando a transparência no processo eleitoral venezuelano. Mauro Vieira está reunido no Palácio do Itamaraty, em Brasília, com representantes dos governos colombiano e mexicano para discutir esse assunto.
A reeleição de Maduro tem gerado protestos de cidadãos que demandam mais transparência no processo eleitoral. Manifestantes em Caracas estão realizando ‘panelaços’ e bloqueando as ruas próximas ao Palácio Presidencial. Maduro foi reeleito com 5,15 milhões de votos, representando 51,2% do total, garantindo assim um terceiro mandato consecutivo até 2031.
Além disso, houve protestos na Argentina e na Colômbia contra a reeleição de Maduro, devido à falta de divulgação detalhada da contagem de votos. O presidente argentino, Javier Milei, afirmou que a Argentina não reconhece a ‘fraude eleitoral’ na Venezuela e respondeu às críticas de Maduro. Outros países, como Chile, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai, exigiram acesso às atas das eleições e uma revisão completa dos dados eleitorais.
A líder opositora María Corina Machado e seu candidato Edmundo González Urrutia se manifestaram após a divulgação dos resultados pelo CNE, questionando a veracidade das informações apresentadas. A comunidade internacional e os venezuelanos no exílio clamam por total transparência nas atas e no processo eleitoral, exigindo a prestação de contas por observadores internacionais independentes.
Fonte: © A10 Mais
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