Aproveite o interesse nos mercados emergentes, diversifique geograficamente suas alocações de investimento em ações.
É fascinante notar como tem crescido o interesse e os aportes que investidores brasileiros têm realizado ou manifestado vontade de realizar nos ativos internacionais. Investir no mercado global pode trazer diversificação e oportunidades únicas para aqueles que buscam expandir seus horizontes financeiros.
Além disso, colocar parte do seu capital em ativos estrangeiros pode ser uma estratégia interessante para proteger-se da volatilidade do mercado local. Investir em ativos internacionais pode proporcionar uma maior estabilidade e potencial de retorno a longo prazo. Vale a pena considerar aplicar uma parcela dos seus recursos em investimentos globais para fortalecer sua carteira.
Investir em Diversificação Geográfica e de Mercados em Carteiras e Portfólios
As conversas, os materiais, a entrada e a presença de opções de produtos de investimento com essa característica têm desempenhado um papel significativo em promover essa abordagem de diversificação geográfica e de mercados em carteiras e portfólios. Anteriormente, uma das questões mais comuns que eu e muitos colegas costumávamos ouvir era ‘devo ou não aportar no exterior’. No entanto, atualmente, a discussão evoluiu para um novo patamar: ‘em quais mercados acionários devo colocar no exterior’, implicando que muitos investidores já reconhecem a importância de estar envolvidos em ativos internacionais.
Agora, a busca está em compreender a realidade e as particularidades de cada mercado de ações. Em teoria, a resposta mais apropriada seria: ‘tenha uma carteira geograficamente diversificada em termos de alocação estratégica’. Os Estados Unidos teriam a maior representação, conforme o tamanho do valor de mercado de suas empresas. Em seguida, a Europa (zona do Euro e Reino Unido) teria a segunda maior representação, seguida pelos mercados emergentes e Japão.
Essa diversificação proporciona exposição a diversos setores dessas economias. Nos Estados Unidos, por exemplo, com o uso do índice S&P 500, haveria uma maior exposição em ações do setor de tecnologia, que representam cerca de um terço do índice. Enquanto isso, os mercados de ações europeus têm uma maior participação nos setores financeiro e industrial, os quais estão mais ligados aos ciclos econômicos.
As bolsas de mercados emergentes, por sua vez, apresentam uma exposição significativa aos setores de tecnologia, financeiro e commodities, representando 23%, 22% e 13%, respectivamente, do índice MSCI Emerging Markets Index, principal referência para investimentos nessas economias, que engloba atualmente 24 países. No Japão, há uma parcela considerável de empresas nos setores industrial, de consumo discricionário (como vestuário, utilidades domésticas, lazer, hotéis e restaurantes) e tecnologia, o que traz uma exposição ao setor exportador do país.
Desempenho
Historicamente, o desempenho da bolsa americana superou o de seus pares, sendo que nos últimos anos, esse desempenho foi ainda mais notável. Nos últimos quatro anos até dezembro de 2023, o retorno do índice S&P 500 (incluindo dividendos) foi de 13% ao ano e aproximadamente 10% ao ano desde a crise financeira de 2007.
Além disso, estudos mostram que, historicamente, durante as correções de mercado, os preços das ações fora dos Estados Unidos tendem a ter um desempenho inferior ao da bolsa americana. De fato, em momentos de estresse, como a crise fiscal europeia no início da década passada, as tensões comerciais entre os EUA e a China em 2018 e a pandemia da covid-19, as bolsas de outros países desenvolvidos sofreram mais impacto, enquanto a bolsa americana se mostrou mais resiliente.
Parte da explicação para esse desempenho superior recente do mercado norte-americano vem do fato de a economia dos EUA ter tido um desempenho superior, especialmente no contexto de investir.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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