O diretor-presidente Jean Jereissati mencionou custos tributários de R$ 1,1 bilhão no terceiro trimestre, enfrentando desafios no mercado de cerveja. O sistema tributário brasileiro impacta o imposto de renda da companhia. A redução nos volumes no segmento de bebidas não-alcoólicas na América do Sul é um desafio.
O sistema tributário brasileiro é conhecido por ser complexo e desafiador. Na apresentação da Ambev, o presidente da empresa, Jean Jereissati, atribuiu a queda no lucro líquido aos desafios com imposto que o Brasil enfrenta. Segundo o executivo, os gastos com imposto somaram R$ 1,1 bilhão no período em questão, o que equivale a uma alíquota efetiva de 24% no trimestre.
A tributação é, de fato, um dos principais desafios para as empresas no Brasil. A Ambev, por exemplo, enfrentou desafios com imposto de renda que afetaram seu lucro líquido. Com uma alíquota efetiva de 24% no trimestre, é claro que os impostos representam um peso significativo na balança de resultados das empresas. Trabalhar com esses números é desafiador e exige planejamento cuidadoso para garantir a sustentabilidade financeira.
Ambev registra queda no lucro líquido em 11,4%
Na apresentação dos resultados financeiros do terceiro trimestre, o lucro líquido da Ambev foi impactado por impostos e outros fatores. O lucro líquido de R$ 3,5 bilhões foi 11,4% menor do que no mesmo período do ano passado, mas a receita líquida da companhia avançou 8,8% para R$ 22 bilhões. O imposto de renda foi um dos principais responsáveis pela queda do lucro, apesar da receita líquida ter aumentado.
Redução no volume de cervejas
A companhia enfrentou uma redução nos volumes de 0,6% no período, atingindo 45,06 milhões de hectolitros no trimestre. A divisão de cervejas registrou uma receita líquida de R$ 9,88 bilhões, o que representou um avanço de 3,5% em relação ao mesmo período do ano passado. O imposto de renda foi um fator importante na redução do volume, mas a Ambev está trabalhando para recuperar o fôlego dessa linha.
Mudanças na estratégia de produtos
A Ambev está ajustando seu mix de produtos e a forma como os oferece ao público, dando foco nas vendas maiores como por pacotes do que o consumo por unidade. O imposto de renda também foi considerado na mudança de estratégia, com a companhia ajustando seus valores em setembro, antes do tempo habitual. A Skol sofreu mais do que o esperado e, apesar da Brahma ser a prioridade da companhia para o segmento de entrada, também é preciso focar nos clientes fiéis da Skol se a empresa quiser continuar crescendo.
Crescimento das bebidas não-alcoólicas
Também do lado positivo, as bebidas não-alcoólicas da Ambev registraram um crescimento de 14,8% na receita no trimestre, com R$ 2,7 bilhões. O volume dessas bebidas cresceu 3,4% no período. O sistema tributário brasileiro foi um dos principais responsáveis pelo crescimento das bebidas não-alcoólicas, com a Ambev aproveitando as oportunidades de redução de imposto de renda.
Desafios na América do Sul
A América do Sul foi especialmente desafiadora no trimestre, reportando queda de 7,7% nos volumes em meio a um momento ainda complexo na Argentina. Além disso, o mau tempo no Paraguai também foi um dos vilões do período. Mas a companhia está trabalhando para recuperar o fôlego em todas as regiões, incluindo a América do Sul.
Avisos ao futuro
A Ambev está confiante em que a maré negativa na Argentina deve se encerrar em 2024, fazendo com que o país volte a ficar no positivo em 2025. O Ebtida da Ambev atingiu R$ 7 bilhões, alta de 7,3% no período, enquanto a margem de lucro líquido foi de 13,1%. O imposto de renda foi um dos principais responsáveis pela queda do lucro, mas a Ambev está trabalhando para recuperar o fôlego e aumentar a receita líquida.
Fonte: @ NEO FEED
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