Pesquisa do BofA mostra pessimismo com Ibovespa em baixa desde set/23. México em alerta com gestores.
Os gestores que atuam no mercado financeiro da América Latina estão enfrentando um cenário desafiador, com a preocupação se concentrando especialmente no Brasil. A confiança no Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, atingiu o seu ponto mais baixo desde setembro de 2023, refletindo a atual deterioração das condições fiscais do País. A incerteza paira sobre os gestores que buscam oportunidades de investimento na região.
Diante desse panorama, os profissionais financeiros e estrategistas estão buscando formas de lidar com a volatilidade do mercado e encontrar estratégias que possam mitigar os riscos envolvidos. Os gestores precisam estar atentos às mudanças econômicas e políticas, enquanto os investidores avaliam as melhores opções para manter seus portfólios seguros em meio às turbulências. A colaboração entre gestores, investidores e profissionais do setor se torna essencial para navegar por esse período desafiador. piores
Gestores de Investimentos Preveem Desafios para o Mercado Financeiro
Uma pesquisa recente realizada pelo Bank of America (BofA) com 30 estrategistas de investimentos, que gerenciam aproximadamente US$ 65 bilhões em ativos sob gestão, revelou um cenário desafiador para o restante do ano. Apenas 7% dos gestores entrevistados acreditam que o Ibovespa encerrará acima de 140 mil pontos, uma queda significativa em comparação aos 19% que tinham essa expectativa em maio.
A deterioração das condições do mercado financeiro tem sido evidente ao longo do ano, com o Ibovespa acumulando uma queda de 11,2%. A combinação de fatores como a queda de juros nos Estados Unidos e a incerteza em relação às contas públicas no Brasil não tem favorecido o fluxo de recursos para a renda variável, impactando diretamente a confiança dos investidores.
Os sentimentos voláteis em relação ao mercado refletem-se também nas projeções para o câmbio. Cerca de 40% dos entrevistados esperam que o dólar se mantenha entre US$ 5,11 e US$ 5,40 até o final de 2024, uma mudança significativa em relação às expectativas anteriores.
No entanto, nem tudo são más notícias. A expectativa para a atividade econômica permanece estável, com a maioria dos gestores projetando um crescimento do PIB entre 1% e 3% neste ano. Quanto à taxa básica de juros (Selic), a maioria dos profissionais acredita que o Copom manterá a Selic em 10,5% ao ano, aguardando sinais do Fed para novos cortes.
Apesar das incertezas, os gestores demonstram cautela em relação não apenas ao mercado brasileiro, mas também ao México. Após um período de otimismo, os investidores passaram a se preocupar com os desdobramentos das eleições presidenciais no país vizinho.
A vitória de Claudia Sheinbaum gerou receios quanto a possíveis mudanças na legislação e nas políticas econômicas, impactando diretamente o mercado mexicano. O índice IPC da bolsa mexicana chegou a cair 6,01% após a confirmação dos resultados, refletindo a instabilidade política e econômica na região.
Diante desse cenário desafiador, os gestores de investimentos enfrentam o desafio de manter o controle das contas e buscar estratégias para garantir a sustentabilidade de seus portfólios em meio à volatilidade dos mercados globais.
Fonte: @ NEO FEED
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