Fernando Goldsztein financia pesquisas para superar tumor cerebral com ressonância magnética, cirurgia, radioterapia e quimioterapia.
A principal cura para a doença de Frederico veio através de um tratamento inovador, que trouxe esperança para toda a família. Foi um longo caminho, mas finalmente, em 15 de março de 2017, recebemos a notícia tão aguardada de que ele estava livre do tumor.
Além da cura, a família aprendeu muito sobre a importância do apoio emocional durante o tratamento. Encontrar uma solução para lidar com as incertezas e o medo foi fundamental para enfrentar os desafios que surgiram ao longo do processo. maior palco de finais
Em busca da cura: um relato de luta e esperança
A descoberta de um tumor cerebral não é algo que tenha relação com histórico familiar, mas sim uma questão de acaso. O diagnóstico geralmente é confirmado por meio de uma ressonância magnética, após o paciente começar a apresentar sintomas como dor de cabeça, vômitos e visão dupla. O tratamento usualmente envolve uma combinação de cirurgia, radioterapia e quimioterapia, mas infelizmente, a doença ainda não possui uma cura definitiva.
A ideia de uma criança ser diagnosticada com câncer é algo que toca profundamente o coração. Se já é devastador entre adultos, imaginar uma criança enfrentando essa batalha quando tem toda uma vida pela frente é ainda mais angustiante. Em 2015, Frederico passou por uma cirurgia e, no ano seguinte, sua família se mudou para Boston, nos Estados Unidos, onde ele recebeu um tratamento acompanhado por um renomado especialista em tumores cerebrais pediátricos, o médico Roger Packer, do Children’s National Hospital.
Infelizmente, cerca de um terço dos pacientes enfrentam a recorrência da doença, e foi exatamente o que aconteceu com Frederico em 2019. Ele participou de dois estudos clínicos com terapias experimentais nos EUA, mas em 2021, após uma conversa com o Dr. Packer, ficou claro que as opções de tratamento convencionais já não ofereciam mais esperança para ele e outras crianças com a mesma condição.
Diante dessa realidade, que muitas vezes deixa os pacientes presos a protocolos terapêuticos antiquados e ineficazes, a única maneira de buscar uma mudança significativa é investir em pesquisa científica. Foi então que uma generosa doação de 3 milhões de dólares foi feita à instituição do Dr. Packer para acelerar a busca por soluções contra esse tipo de tumor.
Inspirado pelas possibilidades apresentadas, foi criado o The Medulloblastoma Initiative (MBI), uma iniciativa filantrópica dedicada a angariar recursos para a pesquisa em meduloblastoma. O MBI financia um consórcio de treze laboratórios ao redor do mundo, reunindo os melhores cientistas da área para colaborar sob a coordenação do Dr. Packer.
Para o protagonista dessa história, a cura do meduloblastoma se tornou a missão de sua vida. Após anos de esforço e dedicação, já foram aprovados dois ensaios clínicos para tratamentos inovadores baseados em imunoterapia pela FDA, algo revolucionário e fruto de um intenso trabalho colaborativo. Os investimentos já ultrapassam os 10 milhões de dólares e o progresso continua sendo acompanhado de perto.
A próxima etapa envolve testar os novos tratamentos em pacientes nos EUA, com a esperança de trazer essas inovações para o Brasil no futuro. Quanto a Frederico, em 2022, o câncer retornou mais uma vez, mas ele passou por uma cirurgia para a remoção do tumor e está se recuperando bem. Aos 17 anos, ele segue em tratamento, levando uma vida normal e cheia de esperança, um contraste com tantos outros jovens que sofrem com os efeitos colaterais de tratamentos ultrapassados e sem perspectivas de mudança.
Fonte: @ Veja Abril
Comentários sobre este artigo