Nos próximos dez anos, o déficit público dos EUA vai subir 64% e atingir US$ 56,9 trilhões. Mas vários fatores indicam que endividamento não ameaça domínio do dólar, nem deve levar a economia americana ao colapso.
A situação tem sido comum nos últimos anos no Brasil. Sempre que o Tesouro Nacional divulga uma atualização da dívida-pública do país, a reação inicial é de surpresa, seguida por uma sensação de resignação. A surpresa se dá pelo aumento da dívida-pública.
Essa realidade reflete o cenário de endividamento do Brasil, que tem sido motivo de preocupação para muitos. O aumento do endividamento público requer medidas urgentes para garantir a estabilidade econômica do país a longo prazo.
Endividamento: um desafio global
O conformismo em relação ao crescimento do déficit público é evidente, mas não gera a mesma preocupação que em outros países. Recentemente, o Gabinete de Orçamento do Congresso dos EUA previu um aumento de 64% na Dívida-pública nos próximos dez anos, um cenário inédito e surpreendente. Atualmente em US$ 34 trilhões, o déficit americano deve atingir US$ 56,9 trilhões até 2034, um acréscimo de US$ 3 trilhões anualmente. Esse salto é exemplificado pelo déficit deste ano fiscal, de US$ 1,9 trilhão, equivalente a 6% do PIB.
Preocupações e perspectivas
A divulgação desses números gerou preocupações, especialmente em um país com juros elevados. No entanto, a possibilidade de o déficit em elevação ameaçar a posição do dólar como moeda de reserva global ou causar um colapso na maior economia do mundo é considerada remota. Mesmo o aumento da relação Dívida/PIB, que atingirá 122% em 2034, não provocou grande comoção.
Impacto nas eleições presidenciais
Surpreendentemente, as campanhas de Joe Biden e Donald Trump não abordaram a questão do Endividamento em suas plataformas políticas. Isso resultou no rebaixamento da nota de crédito dos EUA por duas das três principais agências de risco. Para o economista Luis Otavio Leal, esse conformismo pode ser atribuído à política fiscal expansionista adotada por muitos países pós-pandemia.
O futuro da Dívida-pública dos EUA
Apesar do crescimento exponencial da Dívida-pública, a fortaleza do dólar como moeda de referência global não parece ameaçada. A perda de força da moeda americana nos últimos anos, devido a questões geopolíticas, não foi suficiente para impulsionar outras moedas como o yuan chinês ou o euro como alternativas seguras. A incerteza em torno dessas moedas mantém o dólar como a principal escolha para as reservas mundiais.
Fonte: @ NEO FEED
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