Seis pessoas indiciadas pela morte de Luiz Marcelo Ormond. Laudos necroscópicos inconclusivos, exame toxicológico apontou.
RIO DE JANEIRO, RJ (AGÊNCIA BRASIL) – Após a finalização pela Polícia Civil do Rio de Janeiro da investigação sobre o homicídio do empresário Luiz Marcelo Ormond, 49, descoberto morto em seu apartamento no Engenho Novo, na região norte do Rio de Janeiro, em 20 de maio, a defesa da namorada dele, Júlia Andrade Cathermol Pimenta, 29, acusada pelo homicídio, solicitou avaliação psicológica dela.
A decisão de indiciar Júlia pelo crime de homicídio gerou repercussão na cidade, levantando questões sobre as circunstâncias que levaram à morte de Luiz Marcelo. A defesa da acusada argumenta que a avaliação mental de Júlia é crucial para o desenrolar do caso, buscando esclarecer os eventos que culminaram no trágico assassinato.
Investigação do Homicídio e Indiciamento de Seis Pessoas
A investigação do homicídio de Luiz Marcelo Ormond avança, com um total de seis pessoas indiciadas até o momento. Além de Júlia, Suyany Breschak, que se autodeclara cigana e é apontada como mentora do assassinato, encontra-se detida sob suspeita de envolvimento no crime. As advogadas Flávia Fróes e Hortência Menezes, responsáveis pela defesa de Júlia, solicitaram avaliação da saúde mental dela junto ao psiquiatra forense Hewdy Lobo e à psicóloga jurídica Elise Trindade. Essa solicitação foi deferida pela juíza, e a defesa aguarda os resultados dessas avaliações antes de se pronunciar novamente.
Os laudos necroscópicos, conforme a defesa, são inconclusivos, não indicando de forma clara a ocorrência de morte violenta de Luiz Marcelo. A defesa destaca que o exame toxicológico apontou a presença de morfina e clonazepam no estômago da vítima, sem especificar a quantidade ingerida. A advogada Flávia Fróes ressalta que não foi realizado um exame quantitativo das substâncias, e que é precipitado afirmar uma superdosagem sem mais informações. A defesa planeja requerer mais diligências, incluindo a testagem do fígado.
A defesa também enfatiza que o prato encontrado com Luiz Marcelo não continha veneno, mas sim petiscos consumidos com cerveja na área social do condomínio. O delegado responsável pelo caso, Marcos André Buss, destaca que Júlia foi indiciada por homicídio qualificado por meio insidioso, apontando o uso de morfina como um medicamento letal em doses elevadas. Além disso, ela enfrentará acusações de apropriação indébita, venda de armas do empresário, estelionato, associação criminosa, fraude processual, falsidade ideológica e uso de documento falso.
Suyany Breschak, por sua vez, foi indiciada por suspeita dos mesmos crimes que Júlia, com exceção do uso de documento falso. A defesa de Suyany não se pronunciou sobre o assunto até o momento. Luiz Marcelo Ormond, que mantinha um relacionamento com Júlia há cinco meses, foi encontrado sem vida em seu apartamento no Engenho Novo, em avançado estado de decomposição. A investigação sugere que Júlia permaneceu com o corpo por três dias, enquanto realizava transações financeiras e tentava transferir bens do empresário para seu nome. A trama envolvendo o homicídio de Luiz Marcelo continua a se desenrolar, revelando detalhes cada vez mais complexos sobre o caso.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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