A DEA proposa reclassificar cannabis como substância menos controlada (nível 3), alteração em regulamentos federais, Associated Press informa. Joe Biden pediu revisão, Americanos de 18 a 34 anos apoiam legalização recreativa em 24 estados e 12 medicinais. Processos criminais federais afetados. Vitória em 2020 pode impactar vida Biden. Pesquisas indicam apoio por uso recreativo e medicinal.
A DEA (a agência de combate às drogas dos Estados Unidos) está se movimentando para reclassificar maconha como uma substância menos perigosa do que sua classificação atual, conforme relatórios da agência de notícias Associated Press.
Essa iniciativa visa redesenhar classificação de maconha e pode ter impactos significativos nas políticas de drogas e no sistema de justiça criminal. A discussão sobre reclassificar marijuana está gerando debates intensos entre defensores e opositores da mudança.
Reclassificação de Maconha nos EUA: Uma Mudança Significativa na Política Federal
A proposta da DEA, submetida à revisão pela agência de notícias Associated Press, tem potencial para redesenhar a classificação de maconha nos Estados Unidos, impactando a regulamentação da droga a nível federal. A medida, se aprovada, marcará a maior mudança na política federal sobre a cânabis em quatro décadas, com implicações importantes.
Ao reclassificar a maconha, a proposta da DEA não busca legalizar totalmente o uso recreativo da substância, mas sim reconhecer que ela possui menos potencial para abuso do que drogas consideradas mais perigosas. A reclassificação da cânabis envolveria movê-la do nível de substâncias com alto potencial de abuso para o nível 3, ao lado de substâncias como esteróides anabolizantes e testosterona.
De acordo com os regulamentos atuais, substâncias no nível 3 são classificadas como tendo um potencial moderado a baixo de dependência física e psicológica. No entanto, elas ainda são consideradas substâncias controladas e estão sujeitas a regras e regulamentos rigorosos. A venda não autorizada dessas substâncias pode resultar em processos criminais federais para os infratores.
A decisão final da DEA será aguardada com expectativa, especialmente após o pedido de revisão feito pelo presidente Joe Biden em outubro de 2022. Biden, que busca se distanciar de sua postura anterior em relação à guerra às drogas, vê a reclassificação da cânabis como uma oportunidade para reconquistar o apoio dos jovens eleitores, grupo crucial para sua vitória em 2020.
Os americanos expressam cada vez mais apoio à legalização da maconha, com pesquisas indicando que 70% da população acreditam que o uso recreativo da substância deve ser permitido. Esse percentual é expressivo, especialmente entre os jovens de 18 a 34 anos, onde atinge 79%. Atualmente, a maconha é legal para uso recreativo em 24 estados e para uso medicinal em outros 12.
Apesar da autorização concedida pelos estados, a maconha ainda é considerada ilegal em nível federal nos Estados Unidos. Alterar essa realidade requer a aprovação do Congresso, um processo que ainda é considerado improvável neste momento. A reclassificação da cânabis representa um avanço importante na discussão sobre a regulamentação da droga e suas implicações na sociedade.
Fonte: © TNH1
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