Deputados comparam experiências de ameaças à democracia. Comitiva de parlamentares, investigada pelo CPMI da OEA sobre agressões ao Estado em janeiro de 2023, planeja formar uma aliança internacional contra desestabilizadores. Ex-presidente J. Bolsonaro suspeito. Americanos apoiadores do Brasil envolvidos.
Um grupo de políticos brasileiros chefiado pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA) está nos Estados Unidos (EUA) para debater com parlamentares locais os ataques à democracia em ambas as nações. Durante a viagem, os representantes também tiveram encontros com membros da Organização dos Estados Americanos (OEA). ‘É evidente a conexão entre as investidas ao Estado Democrático de Direito que aconteceram em ambas as nações.
Além disso, a comitiva expressou preocupação com as tentativas de desestabilização e os riscos de golpes de Estado. ‘É crucial fortalecer as instituições democráticas para garantir a estabilidade política e o respeito às leis’, ressaltou a senadora. Os diálogos entre os legisladores brasileiros e americanos visam promover a cooperação internacional na defesa da democracia e no enfrentamento dos desafios políticos contemporâneos. É fundamental unir esforços para combater aqueles que desejam minar a democracia.
Comitiva de parlamentares brasileiros enfrenta ataques à democracia em delegação internacional
A senadora Eliziane, relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigou os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, lidera uma delegação de parlamentares brasileiros em uma missão internacional para trocar experiências e construir uma frente contra tentativas de desestabilização da democracia. A acompanhando estão o senador Humberto Costa e os deputados Pastor Henrique Vieira, Rogério Correia, Jandira Feghali e Rafael Brito, membros da CPMI que pediram o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros por tentativa de golpe de Estado.
Entre os compromissos da comitiva estão reuniões com parlamentares americanos considerados amigos do Brasil, como Ocasio-Cortez, Bernie Sanders, Susan Wild, Jim McGovern, Kamlager-Dove, Castro, Cori Bush e Chuy Garcia. Também está previsto um encontro com o democrata Jamie Raskin e membros da CPI do Capitólio dos EUA, que investiga a invasão do Congresso em 6 de janeiro de 2021.
A deputada Jandira Feghali destaca a importância de criar uma frente internacional contra tentativas de desestabilização da democracia, especialmente diante das eleições estratégicas em vários países e da disseminação de fake news e discursos de ódio por extremistas. O objetivo é garantir os valores humanistas e democráticos em todo o mundo.
Durante a estadia em Washington, a delegação discutirá sobre os ataques ao Estado Democrático de Direito, ressaltando as agressões ao Judiciário brasileiro e a estratégia de desestabilização das investigações do 8 de janeiro, inclusive através de ações como as de Elon Musk. A troca de experiências se estende à invasão do Capitólio nos EUA e das sedes dos Três Poderes em Brasília.
A viagem, promovida pelo Instituto Vladimir Herzog, é uma oportunidade para fortalecer laços com parlamentares estrangeiros e promover a democracia e os direitos humanos. Rogério Sottili, diretor executivo do Instituto, destaca a importância de compartilhar informações sobre movimentos antidemocráticos e construir canais de cooperação internacional.
Nesta terça-feira, a comitiva se reuniu com representantes da Organização dos Estados Americanos (OEA), propondo ações conjuntas para enfrentar os ataques à democracia e garantir o respeito aos direitos humanos. A iniciativa visa colaborar na construção de um ambiente internacional mais seguro e democrático, resistindo às constantes ameaças às instituições democráticas.
Fonte: @ Agencia Brasil
Comentários sobre este artigo