Em abril para maio, metade das ações da seleção variou. Commodities e bancos continuam altos. Exportadoras de commodities e produtivas entraram no focus. Mudanças lentas no segmento financeiro. Juros baixos, fortes resultados financeiros e operacionais. Mitigar riscos de volatilidade. Bolsa diferente, ritmo conservador. Queda 7,04%, retomada 4,88%. Investidor enfrenta arriscadas mudanças em mercados.
Depois de um mês turbulento na bolsa e várias mudanças nas ações, a Carteira Valor acabou ficando com um perfil ’50/50′. Metade conservadora, metade arrojada. Com metade das recomendações mantidas do mês anterior e metade composta por novidades na Carteira.
Essa mistura na Carteira reflete a busca por equilíbrio nos investimentos; afinal, é importante diversificar e buscar oportunidades em diferentes setores do mercado financeiro. A estratégia ‘meio a meio’ da Carteira Valor demonstra uma abordagem cautelosa, porém inovadora, apostando em uma variedade de ativos para potencializar os rendimentos e minimizar os riscos.;
Carteira: investindo de forma estratégica
É fato que as mudanças recentes no cenário financeiro não foram particularmente arriscadas, com as empresas exportadoras de commodities e os bancos mantendo uma forte presença. No entanto, os analistas continuam atentos às oportunidades que surgem com a queda da taxa Selic e os resultados financeiros robustos de algumas empresas.
A liderança da carteira de investimentos permanece com a Vale, sendo a preferida por sete corretoras. Além disso, a petrolífera Prio, também do setor de commodities, segue como escolha de duas instituições financeiras.
No último mês, Klabin e Suzano deram espaço para JBS e Petrobras, com quatro e três recomendações, respectivamente. A Petrobras, aliás, retorna à carteira após a resolução da questão dos dividendos extraordinários, trazendo boas notícias para os acionistas.
As exportadoras de commodities desempenham um papel fundamental na proteção da carteira dos investidores, devido à sua exposição a diversos mercados, ajudando a mitigar os riscos associados ao cenário local. A novidade do mês é a inclusão da WEG, indicada por três participantes.
Apesar de não pertencer ao setor de commodities, a WEG faz parte da cadeia produtiva de matérias-primas e adota uma postura mais conservadora. Outro setor destacado por sua menor volatilidade em períodos de crise é o financeiro. Em maio, tanto Itaú Unibanco quanto BTG Pactual permanecem na seleção, com quatro indicações cada.
Em termos de riscos, os analistas optaram por ações que podem se beneficiar da recuperação econômica e da redução das taxas de juros. Empresas como Cyrela e Iguatemi representam essa estratégia, com três recomendações cada.
A Embraer encerra a lista do mês, com três corretoras indicando suas ações após fortes resultados de produção. Na comparação com o Ibovespa, a Carteira Valor teve uma queda de 7,04% em abril, enquanto o índice recuou 1,70%. Nos últimos 12 meses, a Carteira acumula uma alta de 4,88%, em contraste com os 20,58% do Ibovespa.
A Carteira Valor é composta pelas dez ações mais recomendadas pelas corretoras participantes, com cinco papéis sugeridos por instituição, totalizando 17 ativos para o ranking mensal. Em caso de empate, prevalecem as ações com maior volume financeiro médio em bolsa.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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