Excesso de oferta de petróleo ocorreu duas vezes: na pandemia e na crise asiática de 1998, com efeito colateral de queda do valor.
Antecipando a queda nos preços, os investidores devem ajustar suas estratégias financeiras, considerando que o excesso de oferta não será apenas limitado ao petróleo, mas também aos alimentos e outras commodities. Um estudo recente do Banco Mundial destaca que a abundância de petróleo provocará uma cascata de preços em outros mercados.
Além disso, as previsões de preços não são apenas focadas no petróleo, pois o mercado de alimentos também está sujeito a flutuações. O relatório alerta que o mercado global de commodities precisará se ajustar às novas condições de oferta e demanda, o que pode levar a uma redução nos preços de alguns produtos. É importante lembrar que o mercado é altamente volátil e pode sofrer influências de fatores políticos e econômicos.
Preços de Petróleo em Declínio: O Que Isso Implica?
O mercado de petróleo enfrenta um problema significativo: um excesso de oferta de mais de 1,2 milhão de barris por dia (bpd). Esta situação se repete apenas em duas ocasiões anteriores: no início da pandemia, quando uma grande parte das economias foi fechada, e na crise asiática de 1998, quando a região sofreu uma recessão econômica severa. A análise revela que a tendência de queda nos preços do petróleo prossegue, impulsionada pelo aumento da produção, pela queda da demanda na China e pela transição gradual para a energia limpa, e não será afetada negativamente pelo conflito no Oriente Médio, apesar de seu potencial impacto.
O efeito colateral desta queda no valor do petróleo será a redução do preço médio das commodities globais, incluindo alimentos e metais, para o nível mais baixo em cinco anos. A tendência indicou que os preços globais das commodities devem cair quase 10% de 2024 a 2026. Os preços das commodities também devem cair 9% este ano e mais 4% em 2025 antes de se estabilizarem, com base no prognóstico do Banco Mundial. Mesmo assim, os preços gerais das commodities permanecerão 30% mais altos do que estavam cinco anos antes da crise da covid-19 em 2020.
Os desenvolvimentos podem dar conforto aos bancos centrais, preocupados com o impacto do aumento dos preços na inflação média. Isso poderia permitir que eles reduzam as taxas de juros a um ritmo mais rápido do que o esperado anteriormente.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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