Animal noturno raramente visto de dia, nativo da região verde. Descarte correto do lixo é essencial para sua preservação.
No último final de semana, a equipe do Parque Nacional da Tijuca teve uma surpresa ao avistar, na tarde de domingo (21), a presença de um cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), espécie selvagem nativa da reserva natural que raramente é avistada durante o dia. A aparição inesperada ocorreu na região verde do Parque Lage, que faz parte do Parque Nacional da Tijuca.
O cachorro-do-mato (Cerdocyon thous) é um animal fascinante, conhecido por sua natureza reservada e hábitos noturnos. A presença desse exemplar na área do Parque Lage surpreendeu a equipe de conservação, que se sentiu privilegiada por testemunhar a beleza e a diversidade da fauna local. A interação com o cachorro-do-mato (Cerdocyon thous) proporcionou um momento único de conexão com a natureza selvagem.
Avistamento do Cachorro-do-Mato no Parque Lage
Por volta das 15h, o colaborador do Parque, Plínio Júnior, avistou o Cerdocyon thous perambulando pela área. Com cautela, ele pegou seu celular para registrar o momento, mantendo-se à distância e observando em silêncio a passagem do animal. ‘Fiquei surpreso com a presença dele durante o dia’, comentou Plínio. É conhecido que esses animais têm hábitos mais ativos durante a noite.
A presença do cachorro-do-mato em um horário tão incomum levou à adoção de medidas preventivas para evitar que ele se aproximasse da saída do Parque Lage, que está próxima à Rua Jardim Botânico, como destacou Plínio Júnior. A preocupação com atropelamentos de fauna nativa é uma questão séria no Parque Nacional da Tijuca, uma área de conservação cercada pela cidade do Rio de Janeiro.
Viviane Lasmar, a gestora do parque, ressaltou a importância de abordar esse problema e sugeriu que a presença do Cerdocyon thous pode estar relacionada à abundância de alimentos e resíduos humanos na área verde do Parque Lage, próxima a vias com intenso tráfego de veículos. ‘É crucial que todos, sejam visitantes ou não, adotem práticas adequadas de descarte de lixo e evitem alimentar animais silvestres, como o cachorro-do-mato ou os macacos-prego’, alertou Viviane.
A oferta de comida a esses animais pode representar um risco à segurança deles, desde a exposição a doenças até o aumento do risco de atropelamentos, à medida que saem da floresta em busca de alimentos humanos. É essencial manter a integridade da fauna nativa e respeitar seu ambiente natural, evitando interferências que possam prejudicar sua sobrevivência a longo prazo.
Fonte: @ Agencia Brasil
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