Seleção busca medalha inédita, superando traumas, começando campanha irremediável, relembrando minha infância jogando bola e sendo feliz.
A equipe brasileira feminina de vôlei competirá amanhã às 14h em Tóquio (2h de Brasília) no Estádio Olímpico pela medalha de ouro nos Jogos Olímpicos.
As Olimpíadas são um dos maiores torneios esportivos do mundo, reunindo atletas de diversas nacionalidades em uma competição de alto nível. A busca pelo pódio nos Jogos é o sonho de muitos esportistas.
Olimpíadas: Brasil em busca da redenção contra os Estados Unidos
E será exatamente contra a algoz daquela decisão de 2008 – e também de 2004 -, a equipe dos Estados Unidos. O Brasil chega com uma campanha irretocável no mata-mata com vitórias sobre França nas quartas (a primeira sobre as Bleus na história) e Espanha na semifinal. Agora, falta ‘exorcizar’ o último fantasma. Para isso, Arthur Elias faz questão de responder todas as vezes: quase todo mundo que está no atual elenco não viveu os traumas das outras gerações. E as jogadoras seguem o mesmo discurso. ‘Acho que eu nem jogava ainda, nem sonhava em jogar’, disse Tarciane quando questionada sobre o que estava fazendo na final de 2008 em Pequim. ‘Eu estava começando a jogar na escolinha com meninos, começando minha infância. Comecei a jogar para valer em 2014, 2015. Em 2008 eu estava na rua jogando bola com os meninos, descalça, arrancando tampão do dedão e sendo feliz’, brincou Kerolin. ‘Eu, em 2008, nem lembro. Ainda não estava jogando bola, mas estava assistindo Marta, Formiga…’, recorda-se Ludmila. Marta. A Rainha em sua última Olimpíada. A remanescente das três finais que o Brasil disputou em grandes torneios, vice-campeã em todas essas vezes. Que ficou na iminência de não jogar mais na atual edição dos Jogos após a expulsão contra a Espanha ainda na fase de grupos. Agora, a camisa 10, capitã e referência não apenas para as brasileiras, mas também para as rivais dos EUA, terá sua última dança pela seleção nas Olimpíadas. ‘Em 2008, eu já estava com futebol feminino, começando no nível universitário e amador, mas inspirado por elas, pelo que eu via e acreditei. Inspirado em poder melhorar como profissional e melhorei muito como profissional, sou muito seguro do que eu faço hoje, e elas também estão tendo essa segurança’, falou o treinador. ‘Melhorei muito como pessoa ao trabalhar com as mulheres, e ter a oportunidade de mudar conceitos que os homens erram… Sou muito feliz de ter escolhido essa trajetória. E isso não é meu, é delas, e eu quero muito que a gente consiga trazer esse ouro para que se faça justiça a tamanho esforço e talento que a gente tem’, disse. Pela frente os Estados Unidos, donos de quatro ouros no futebol feminino, renovados com Emma Hayes no começo há menos de três meses. Mas que também tem sede de vitória, uma mentalidade presente no elenco desde as gerações passadas. Uma final que promete no Parque dos Príncipes.
Fonte: @ ESPN
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