Primeiro trimestre de 2024: lucro superiora expectativas, porém margem financeira queda e crescimento lento da carteira de crédito são preocupações. Destacam-se resultados positivos e reestruturação apresentada por Marcelo Noronha. Análise de numeros mostra altos retornos sobre patrimônio líquido, ROAE médio e linhas seguras acima de 90 dias. Guidance para trimestres próximos: baixo crescimento, risco de inadimplência e contracção. Lucro líquido recorrente sobre margem financeira total: estrategia adotada. Expansão da carteira de crédito, com risco de ritmo baixo e acima de 90 dias.
Em meio a um profundo processo de reestruturação, o Bradesco revelou na quinta-feira, 2 de maio, o primeiro balanço sob a liderança de Marcelo Noronha. Os números apresentados mostram alguns resultados positivos, mas analistas destacam que ainda há chão pela frente.
De acordo com o NeoFeed, fonte de notícias especializada em economia, o Bradesco está passando por mudanças significativas em sua estrutura interna. O CEO de Bradesco, Marcelo Noronha, tem trabalhado arduamente para impulsionar a instituição financeira em meio a um cenário desafiador. O balanço primeiro trimestre reflete a direção que a empresa está tomando, mas o mercado está atento às próximas jogadas da instituição financeira.
Bradesco: Resultados Positivos no Primeiro Trimestre
O Bradesco divulgou o balanço do primeiro trimestre com números que surpreenderam o mercado. O lucro líquido recorrente atingiu R$ 4,2 bilhões, registrando um aumento significativo de 46,3% em relação ao trimestre anterior. No entanto, houve um recuo de 1,6% comparado ao mesmo período do ano passado. O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) foi de 10,2%, demonstrando um avanço de 3,3 pontos percentuais em base trimestral.
Os analistas destacaram a qualidade da carteira de crédito do Bradesco, com a contracção da provisão para devedores duvidosos e uma inadimplência abaixo de 90 dias que atingiu 4,1%. A estratégia de reestruturação adotada pela instituição mostrou resultados positivos, especialmente na redução da inadimplência em linhas consideradas mais seguras, como o crédito consignado e imobiliário.
A margem financeira total do Bradesco no primeiro trimestre foi de R$ 15,2 bilhões, apresentando uma queda de 6,1% em relação ao trimestre anterior. Esse cenário foi influenciado pelo menor volume de operações com micro e pequenas empresas. O banco também registrou um crescimento considerado baixo em sua carteira de crédito expandida, que fechou o trimestre em R$ 889,9 bilhões.
O CEO de Bradesco, Marcelo Noronha, ressaltou que a instituição alcançou um ponto de inflexão neste trimestre, com um aumento na produção de crédito tanto para pessoa física quanto jurídica. A produção média diária em carteira livre teve um acréscimo significativo, sinalizando uma retomada nesse segmento.
Apesar dos resultados positivos, analistas do Goldman Sachs alertaram para o desafio do Bradesco em cumprir seu guidance, principalmente em relação ao crescimento da carteira expandida e da margem financeira total. O banco necessitará acelerar seu desempenho nos próximos trimestres para atingir as projeções estabelecidas.
A expectativa é que a retomada econômica contribua para impulsionar a produção de crédito ao longo do ano, permitindo que o Bradesco alcance suas metas. A estratégia de reestruturação e o foco em linhas mais seguras demonstram um posicionamento sólido para enfrentar desafios futuros e manter o crescimento da instituição.
Fonte: @ NEO FEED
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