O pedido de impeachment do presidente do Conselho foi assinado por 85 conselheiros e direcionado a Romeu Tuma Júnior, do Movimento Reconstrução SCCP.
O Flamengo testemunhou os corredores da Gávea esquentarem na manhã de terça-feira (27) com a apresentação de um pedido de impeachment do presidente Carlos Silva registrado na secretaria do Conselho.
A destituição do mandatário gerou debates acalorados entre os membros do clube, com opiniões divergentes sobre o futuro da instituição. A pressão pela destituição cresceu à medida que novas revelações vieram à tona, aumentando a tensão no ambiente esportivo.
Requerimento de Destituição do Presidente da Diretoria
Essa é, formalmente, a primeira vez que o mandatário correrá o risco de enfrentar um processo de destituição desde que assumiu o clube, no início de janeiro. O ‘Requerimento de Destituição do Presidente da Diretoria’ é acompanhado pela assinatura de 85 conselheiros do clube e direcionado a Romeu Tuma Júnior, atual presidente do Conselho Deliberativo. O efeito do documento, no entanto, gerou reflexos diferentes nos corredores do clube. Segundo apurou a ESPN, há otimismo em relação àqueles que compõe o chamado ‘Movimento Reconstrução SCCP’ para que o processo de impeachment avance. O tema é debatido há mais de um mês, mas tomou força nas últimas semanas entre correntes antes opostas no Parque São Jorge. É justamente esse o argumento para que o grupo fosse autodenominado apartidário. Entre aqueles que assinam o requerimento estão nomes como os ex-presidentes Mário Gobbi e Andrés Sanchez, fundadores do grupo ‘Renovação e Transparência’, e Rubens Gomes, que atuou como coordenador de campanha e depois diretor de futebol na gestão de Augusto Melo – e que se posicionou como oposição aos antigos cartolas na última década. A lista conta ainda com figuras importantes na política do Parque São Jorge como os vitalícios André Luiz de Oliveira, que concorreu à presidência e acabou derrotado por Augusto Melo na última eleição, Roberto de Andrade, que presidiu o Corinthians entre 2015 e 2018, Jacinto Antonio Ribeiro, o ‘Jaça’, Jorge Kalil, que concorreu e foi batido por Romeu Tuma na eleição para presidir o Conselho Deliberativo, e Antonio Roque Citadini, vice-presidente entre 2001 e 2004 e que teve o próprio Augusto Melo como candidato a vice em 2018. Encorpam ainda a lista representantes de outras três chapas, todas apoiadoras da ‘Renovação e Transparência’ na eleição de 2023, fato que reforça o entendimento da atual gestão de que ‘o requerimento é um movimento político de oposição para causar instabilidade’. Gerou incômodo também o momento em que o pedido foi enviado ao Conselho Deliberativo. Pessoas próximas a Augusto Melo não esconderam a irritação por se tratar de uma fase ruim do Corinthians no Campeonato Brasileiro. Na zona de rebaixamento, o time foi derrotado fora de casa pelo Fortaleza no domingo (25), um dia antes de o pedido de impeachment acontecer. O argumento do ‘Movimento Reconstrução SCCP’ é de que a escolha aconteceu por se tratar do dia em que já havia sido marcada uma reunião do CORI, Conselho de Orientação do clube, em que alguns dos representantes já estariam no Parque São Jorge. A ESPN apurou, contudo, que a entrega do requerimento estava previamente agendada para a última segunda-feira (26) há cerca de uma semana. A guerra de versões entre situação e oposição passa ainda pela ausência de um grupo entre aqueles que pediram pela destituição de Augusto Melo: o ‘Movimento Corinthians Grande’. Base de apoio importante do presidente alvinegro no início da gestão, a chapa desembarcou em meio às polêmicas envolvendo a quebra de contrato com a VaideBet.
Fonte: @ ESPN
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