Empresa elétrica planeja reestruturar dívida de R$ 11 bi com plano de recuperação judicial envolvendo credores, debentureholders e bancos.
A reunião dos credores da Luz (LIGT3) aprovou hoje o plano de recuperação judicial da empresa de energia, que visa reestruturar uma dívida de R$ 11 bilhões, conforme divulgado pelos assessores do processo. A proposta foi aceita por mais de 99% dos credores, incluindo debenturistas, bondholders e bancos, o que impulsionou as ações a atingirem o pico da sessão com aumento de mais de 5% e encerrando com alta de 5,31%, atingindo R$ 5,16.
No cenário atual, a Luz (LIGT3) está empenhada em superar os desafios financeiros e seguir adiante com sua operação, demonstrando resiliência e comprometimento com seus stakeholders. A aprovação do plano de recuperação representa um marco importante para a empresa, que agora pode focar em sua reestruturação e no fortalecimento de sua posição no mercado.
Luz: Plano de Recuperação Judicial da LGT3: Uma Nova Perspectiva
A discussão em assembleia havia sido iniciada no fim do mês passado, mas acabou suspensa devido a pedidos de credores por mais tempo para analisar os termos propostos. Após uma nova rodada de conversas no último mês, a expectativa já era de ampla aprovação nesta quarta-feira, uma vez que a empresa havia fechado acordos com uma parte relevante de seus credores, concentrados principalmente em debentureholders e bondholders.
Pelos termos aprovados, a Luz fará uma capitalização de até R$ 1,8 bilhão, com R$ 1,2 bilhão ancorados por seus acionistas de referência: Nelson Tanure, Ronaldo Cezar Coelho e Carlos Alberto Sicupira. O plano também prevê a conversão de parte dos créditos em ações, via debêntures conversíveis, até o limite de R$ 2,6 bilhões, além do pagamento integral a credores com créditos até R$ 30 mil, entre outras ações.
O plano já foi aprovado também por acionistas da Luz e agora segue para a aprovação do juiz do caso. A empresa entrou em recuperação judicial em meados do ano passado, depois de uma deterioração da situação econômico-financeira de sua distribuidora de energia, que atende mais de 30 cidades do Rio de Janeiro.
A perda de capacidade financeira da distribuidora havia feito com que a agência reguladora Aneel emitisse uma intimação que poderia levar à caducidade da concessão da distribuição. Essa intimação acabou sendo arquivada na semana passada, antes mesmo da aprovação do plano de recuperação judicial, com um ‘voto de confiança’ da diretoria da Aneel nos esforços de reestruturação pela empresa.
Na recuperação judicial, a Luz é representada pelos escritórios Salomão Advogados, BMA e Galdino e Coelho. A empresa está focada em superar os desafios financeiros e seguir adiante com um plano robusto para garantir sua sustentabilidade a longo prazo. A aprovação do plano de recuperação judicial é um passo significativo rumo à estabilidade financeira da Luz e ao fortalecimento de suas operações no setor elétrico.
Fonte: @ Info Money
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