Documento da entidade brasileira visa ampliar estudo da obesidade, considerando novos indicadores de saúde além do IMC e classificação constante da associação.
A obesidade é um problema de saúde pública que atinge mais de 1 bilhão de indivíduos ao redor do mundo, e suas implicações na saúde têm sido amplamente discutidas. Hoje, sexta-feira, 5, a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade (ABEO) divulgou um relatório inovador na revista científica Science, sugerindo abordagens inovadoras para o combate e prevenção da obesidade.
No segundo parágrafo, a ABEO enfatizou a importância da conscientização sobre o IMC (Índice de Massa Corporal) na identificação precoce do sobrepeso e da obesidade. O diagnóstico preciso dessas condições é fundamental para a implementação de estratégias eficazes de tratamento e prevenção, visando melhorar a qualidade de vida da população.
Impacto da obesidade na abordagem médica
As mudanças propostas têm o potencial de gerar um impacto significativo na maneira como a medicina aborda a obesidade, uma condição que afeta cerca de 20% da população brasileira, de acordo com dados da Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso). Atualmente, a obesidade é frequentemente diagnosticada com base no Índice de Massa Corporal (IMC), que é calculado dividindo o peso da pessoa pela sua altura ao quadrado.
Proposta de nova classificação da obesidade
No entanto, a abordagem baseada exclusivamente no IMC tem sido alvo de críticas por sua simplicidade e por não considerar outros fatores importantes de saúde, como a distribuição de gordura corporal e a presença de condições médicas associadas, como diabetes e hipertensão. Em resposta a essas questões, a Associação Europeia para o Estudo da Obesidade (AESO) propõe uma nova abordagem para a classificação da obesidade, que inclui métricas adicionais, como a relação cintura/quadril e a adiposidade total.
Diagnóstico mais abrangente e preciso
Segundo Paulo Miranda, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), essa nova abordagem pode resultar em diagnósticos mais abrangentes e precisos para a obesidade. Pessoas com IMC acima de 25, que atualmente seriam classificadas como sobrepeso, podem ser diagnosticadas com obesidade com base em outras métricas, como a relação cintura/quadril e a adiposidade total.
Inovação na definição da obesidade
O endocrinologista Bruno Halpern, presidente da Abeso, destaca a inovação dessa diretriz ao ampliar os critérios de definição da obesidade para pessoas de ascendência europeia. Esses novos parâmetros, que consideram não apenas o IMC, mas também a circunferência abdominal e outras condições médicas, oferecem uma avaliação mais precisa dos riscos à saúde dos pacientes.
Classificação adicional baseada no histórico de peso
Além da proposta da AESO, a SBEM e a Abeso lançaram uma nova diretriz que recomenda uma classificação adicional da obesidade com base no histórico de peso máximo alcançado e na porcentagem de perda de peso obtida. Essa abordagem inovadora oferece uma nova perspectiva para o tratamento da obesidade, destacando a importância de uma perda de peso modesta para benefícios clínicos significativos.
Fonte: @ Veja Abril
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