O julgamento ocorreu na 7ª Vara Criminal da Capital. Houve transferências do fundo para a conta bancária da comissão de formação, usadas em despesas pessoais.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A estudante da UNESP Beatriz Lima Santos, 22, que admitiu ter apropriado indevidamente quase R$ 800 mil do caixa da formação dos amigos, foi sentenciada por fraude pela Justiça de São Paulo. A sentença foi divulgada nesta quarta (3), com sentença estabelecida em quatro anos de detenção. Há possibilidade de recurso. O incidente foi analisado na 5ª Vara Criminal da Cidade.
A decisão causou impacto na comunidade acadêmica, que agora busca maneiras de prevenir futuros casos de desvio de verbas em eventos de formação. A formação dos estudantes deve ser um momento de celebração e união, e atos como esse não podem manchar a integridade do processo. Medidas preventivas e maior transparência nos processos financeiros são essenciais para garantir a segurança dos recursos destinados à formação dos alunos.
Esquema Fraudulento na Formatura de Medicina
A defesa de Veiga, conduzida pelo advogado Sergio Ricardo Stocco, declara desconhecimento da decisão judicial. O juiz Paulo Eduardo Balbone Costa determinou também o ressarcimento às vítimas, no mesmo montante dos danos causados. De acordo com o magistrado, a aluna se valeu de sua posição como presidente da comissão de formatura para solicitar à empresa responsável pela festa que as quantias fossem transferidas para sua conta bancária, sem informar os colegas, e usou o dinheiro em benefício próprio.
O juiz Balbone Costa afirmou que a ré se aproveitou de sua função na comissão de formatura para arquitetar um plano visando a apropriação dos fundos arrecadados ao longo de meses, com a colaboração de dezenas de colegas, visando lucro pessoal. Os desvios no fundo de formatura da turma de medicina vieram à tona em janeiro de 2023, quando a estudante admitiu em um grupo de WhatsApp ter investido parte do dinheiro reservado para a festa em uma corretora, que supostamente a teria enganado – versão que não se sustentou.
Em seu depoimento à polícia, a aluna alegou ter investido o montante, porém o perdeu devido à falta de conhecimento em finanças. Como tentativa de recuperar o valor, passou a apostar na loteria. A investigação revelou que Alicia usou parte do dinheiro para custear despesas pessoais. Ela recebeu nove transferências do fundo de formatura para suas próprias contas de novembro de 2021 a dezembro de 2022.
As transferências foram realizadas pela empresa Ás Formaturas para três contas pessoais de Alicia, a pedido da estudante, que ocupava o cargo de presidente da comissão de formatura. Cada transferência constitui um delito passível de até quatro anos de prisão, o que poderia resultar em uma sentença de até 36 anos. Após uma averiguação do Procon, a empresa organizadora do evento se comprometeu a ressarcir o prejuízo de R$ 920 mil aos estudantes de medicina da USP e a realizar a festa sem custos adicionais para os formandos.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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