Um advogado e uma servidora pública são investigados por ligação a uma organização criminosa e crimes contra o funcionário público.
Um advogado e uma servidora pública do Ceará foram condenados à prisão por sua ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
A pena imposta pela Justiça Estadual no dia 23 de outubro incluiu reclusão para todos os acusados. A servidora pública também teve seu cargo público cassado, mas ainda conta com a possibilidade de recorrer contra a decisão, evitando a detenção e uma vida de prisão. A prisão pode ser mais severa do que a cadeia, pois depende da pena e da reclusão determinadas pela Justiça. Uma vida de prisão pode mudar o curso da vida de um indivíduo, afetando suas relações pessoais, profissionais e até mesmo sua saúde mental. Não está claro se o advogado e a servidora pública terão a possibilidade de recorrer contra a decisão, o que pode afetar sua situação atual e futura. Além disso, a facção criminosa PCC é conhecida por sua estrutura complexa e alcance nacional, o que pode dificultar a aplicação da justiça em casos como esse.
Condenações de Facção Criminosa no Ceará
119 anos de reclusão foi a pena total dos dez réus, que foram condenados, conforme a participação individual, pelos crimes de integrar organização criminosa, tráfico de drogas, associação para o tráfico e comércio ilegal de arma de fogo. A prisão, um resultado de anos de investigação, destaca a gravidade da facção criminosa no Ceará. A pena, um reflexo da reclusão, serve como advertência para outros envolvidos em atividades criminosas.
A decisão foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico (DJE) da última quarta-feira (30). Apenas quatro dos réus foram absolvidos de algumas acusações, mas a destaque foi a condenação dos demais. Durante o processo, as defesas dos réus negaram o cometimento dos crimes, mas a denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE) revelou uma complexa rede criminosa envolvendo advogados, servidores públicos e outros membros da facção.
O advogado Wangleyson de Oliveira Brito e sua irmã, a servidora pública do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) Helena Oliveira Loiola, foram condenados por integrar a organização criminosa. Segundo a Justiça, Helena utilizou sua função pública para favorecer a facção em processos criminais. A servidora pública agilizava a movimentação dos processos e passava informações privilegiadas ao pedido do irmão. A Vara de Delitos de Organizações Criminosas concluiu que Helena ‘utilizava-se de seu aparelho celular de uso pessoal para repassar informações processuais veladamente, extrapolando os limites da profissão e assim, incidindo criminalmente por embaraçamento de investigação que envolvia organização criminosa’.
Com relação ao réu Wangleyson de Oliveira Brito, foram interceptados diálogos em que o acusado, na condição de advogado, ultrapassou os limites da prestação de trabalhos de orientação e assessoramento jurídico atuou na obstrução da investigação feita pela polícia civil para o desbaratamento da organização criminosa. A Justiça destacou que o advogado agiu em benefício da facção criminosa.
A Polícia Civil do Ceará (PCCE) chegou à organização criminosa a partir de uma investigação contra Gracias Rodrigues de Morais, conhecido como ‘Irmão Cipriano’, que seria o líder da facção PCC em Independência. Uma das pessoas condenadas à prisão foi a sua companheira, Maria Edilene Alves Feitosa. Os investigadores encontraram conversas que revelaram negociações de drogas e de armas de fogo.
Vara de Delitos de Organizações Criminosas
Em sentença judicial
Confira as penas individuais:
* Antonio Ernandes da Silva: condenado a 17 anos e 7 meses de reclusão, por integrar organização criminosa, tráfico de drogas e associação para o tráfico;
* Antonio Jean de Sousa: condenado a 10 anos de reclusão, por tráfico de drogas e associação para o tráfico, entretanto foi absolvido da acusação de integrar organização criminosa;
* Elyton Carlos Nogueira de Sousa: condenado a 12 anos e 7 meses de reclusão, por integrar organização criminosa e associação para o tráfico;
* Francisca Jaiciane dos Santos: condenada a 8 anos de reclusão, por integrar organização criminosa e associação para o tráfico;
* Gracias Rodrigues de Morais: condenado a 17 anos de reclusão, por integrar organização criminosa e comércio ilegal de arma de fogo;
* Helena Oliveira Loiola: condenada a 11 anos e 7 meses de reclusão, por integrar organização criminosa;
* Irmão Cipriano: condenado a 17 anos de reclusão, por integrar organização criminosa e comércio ilegal de arma de fogo;
* Maria Edilene Alves Feitosa: condenada a 10 anos de reclusão, por integrar organização criminosa e tráfico de drogas;
* Maria Lucia Gomes: condenada a 8 anos de reclusão, por integrar organização criminosa e associação para o tráfico;
* Paulo Roberto Silva: condenado a 15 anos de reclusão, por integrar organização criminosa e comércio ilegal de arma de fogo;
* Regina Cristina da Silva: condenada a 9 anos de reclusão, por integrar organização criminosa e associação para o tráfico;
* Rivaldo Pereira dos Santos: condenado a 14 anos de reclusão, por integrar organização criminosa e tráfico de drogas;
* Rosilene Batista de Lima: condenada a 10 anos de reclusão, por integrar organização criminosa e associação para o tráfico.
Fonte: © Direto News
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